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Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 29 de agosto de 2017 às 21:04
Ter uma cultura empresarial focada em propósito é importante para a estratégia do negócio?

Para Ryo Penna, da Tribo, a resposta a essa pergunta é um sim em alto e bom som. “Mais do que nunca, com as tendências de automatização no trabalho e de valorização de aspectos humanos por parte dos consumidores, torna-se necessário provocar transformações que impactem a maneira como as empresas se comportam no mercado.”

Para ele, desenvolver uma cultura corporativa com propósito tem se tornado vantagem competitiva para as empresas. O consultor destaca que o mercado, hoje em dia, leva mais em conta o propósito da empresa do que propriamente a estratégia, a operação ou o produto da organização. Seguindo essa linha de pensamento, é possível afirmar que empresas com propósitos coerentes garantem mais sucesso e longevidade.

Vejamos o caso da empresa americana Whole Foods, uma rede de lojas voltadas à venda de produtos orgânicos. Liderada por John Mackey, um dos maiores nomes do capitalismo consciente, a empresa estimulava a alimentação saudável. Sua responsabilidade pela qualidade e sustentabilidade criou uma cultura de princípios em todas as suas relações com consumidores, fornecedores e colaboradores. Como resultado, a Whole Foods permaneceu na lista das “100 melhores empresas para trabalhar”, desenvolvida pela revista Forbes, todos os anos desde 1998, e recentemente foi comprada pela Amazon por 13.7 bilhões de dólares.

Portanto, sim, a cultura de propósito pode ser uma mola para alavancar os negócios. “Só que criar uma cultura com propósito não é uma tarefa fácil. Porque uma cultura não se transforma com um bom planejamento ou processos eficientes. Cultura é um tema de natureza profunda, complexa e humana”, sinaliza o consultor.

Na visão de Penna, nesse contexto, o desafio de fazer uma leitura clara do que acontece é o primeiro passo rumo ao sucesso. A partir daí, nascem, então, novas perguntas:

1 – O que de fato está mudando na cultura da minha empresa?

2 – O que eu posso fazer para resolver uma situação tão complexa como essa?

3 – Como transformar a minha cultura sem perder o foco nos resultados?

4 – Qual o novo papel das pessoas no futuro do trabalho?

Questionamentos estes que devem ser analisados e trabalhados ponto a ponto, no processo de transformação. “Só então engajar as pessoas num processo de transformação que começa nas lideranças e atinge os times, até alcançar toda a organização.

Fonte: HBRB
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 29 de agosto de 2017 às 21:02
No dia 30 de agosto, celebra-se o Dia do Lojista, profissão que é responsável por fazer girar uma das rodas mais importantes da economia: o varejo. Com a taxa de juros abaixo dos dois dígitos, o aumento na procura por crédito e o recuo dos preços dos produtos, o mercado projeta um aumento no volume de vendas do varejo já para este segundo semestre. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê um crescimento de 1,6% nas vendas até o final do ano.

A perspectiva otimista, no entanto, não dispensa as lojas de programarem as estratégias necessárias para aproveitar este novo ciclo de crescimento e se adiantarem frente à concorrência. Por isso, listamos abaixo seis dicas de especialistas do setor para ajudar o lojista a otimizar suas vendas neste segundo semestre do ano. Veja:

Analise o fluxo de consumidores

A tecnologia já está disponível para o varejo físico apostar no modelo de loja do futuro. De acordo com Leonardo Santos, CEO da Semantix, startup que desenvolve soluções de big data, inteligência artificial e análise de dados, o mercado possui ferramentas de acesso à Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) por meio de sensores para controle de fluxo. “Ao se conectar ao smartphone do cliente, a tecnologia permite registrar dados como horário de entrada e saída da loja, se o gadget foi detectado previamente, as hot zones (áreas mais circuladas dentro da loja), entre outras informações”, diz.

Aposte no omnichannel

Para acompanhar essa transformação digital que o comércio vem passando, os lojistas precisam unificar todos os canais de venda e transmitir sempre a mesma mensagem. É o chamado de omnichannel. “Na prática, significa fazer com que os vários pontos de relacionamento com o consumidor se transformem em uma experiência única de compra”, explica o diretor geral da Tray, Willians Marques. “Isso requer planejamento e preparo para que seja possível oferecer ao cliente as opções de comunicação integradas, permitindo a compra no site e a retirada ou troca na loja física, por exemplo”, ressalta.

Foque nos dispositivos móveis

De acordo com o estudo Webshoppers de 2017, realizado pela Ebit, 48 milhões de consumidores compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez em 2016, sendo que 21,5% das transações on-line foram realizadas via dispositivos móveis. “Uma das principais inovações neste cenário foi a adoção de outros canais de comunicação, como SMS, notificações por Facebook, Instagram e Snapchat – e aplicativos corporativos. Hoje, é possível escolher por qual meio o cliente será impactado pela primeira vez e, com base em suas reações”, afirma o diretor geral da All iN, Victor Popper.

Preocupe-se com o pós-venda

Ao contrário do que muitos lojistas pensam, o pós-venda não se resume apenas à solução de problemas. Esse momento reúne atividades de marketing efetuadas depois da realização de uma compra. As estratégias podem ser desde pesquisas de satisfação à manutenção do relacionamento com o cliente e ações para fidelizá-lo. “Essas medidas são cruciais para qualquer loja, física ou virtual, pois ao cativar o consumidor a loja viabiliza uma venda futuramente”, afirma Bruno Gianelli, sócio-diretor da Betalabs, especializada em sistemas de gestão e plataformas de e-commerce.

Entenda o consumidor

De acordo com estudo da Forrester Research, 22% das pessoas hoje que compram off-line, foram influenciadas ou impactadas pelo on-line. Em 2021, esse número passará a ser de 32%. Isto quer dizer que cada vez mais o varejo off-line terá de pensar em como poderá investir em uma solução de multicanalidade, avalia Carlos Alves, diretor de Marketplace do Magazine Luiza e da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). “A surpresa estará na capacidade de entender o momento de cada consumidor, saber quando ele está na fase de pesquisa e quando estará na fase de decisão da compra”, afirma.

Uberize o pagamento

A tecnologia deve ser usada para tornar o pagamento um ato mais natural, promovendo uma experiência simples, transparente e sem fricção para o consumidor. A chamada “uberização” do pagamento tem uma contribuição significativa na fidelização do cliente, avalia Augusto Lins, diretor da Stone Pagamentos. “É missão dos especialistas em mercado financeiro e tecnologia desenvolver, juntos, soluções que tragam simplicidade e facilidade aos meios de pagamento, integrando-os às plataformas físicas e móveis, como os smartphones”, afirma.

Monitore o caixa

Muito se fala em aprimorar a experiência de pagamento, mas o esforço em aperfeiçoá-la pode ser em vão se as empresas não adotarem tecnologias que passem pela gestão do setor financeiro. “O lojista hoje utiliza a tecnologia para monitorar todas as etapas de uma transação em qualquer modalidade de pagamento eletrônico para identificar falhas, como eventuais cobranças em duplicidade”, explica Fabrício Costa, CEO da Equals, empresa especializada em gestão de recebíveis. “Esse gerenciamento inteligente não apenas proporciona segurança financeira ao vendedor como fideliza a clientela ao contribuir diretamente para a construção da reputação de uma empresa no imaginário do cliente”.

Fonte: O Negócio do Varejo