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Estratégia & Marketing Postado em quarta-feira, 12 de julho de 2017 às 20:58
“A tecnologia atual e a estrutura de capital de risco estão quebradas. Elas recompensam a quantidade e não a qualidade, o consumo no lugar da criação, as saídas rápidas em vez do crescimento sustentado, o lucro do acionista e não a prosperidade compartilhada. Correm atrás do unicórnio e da disrupção em vez de dar apoio a negócios que ajudam, cultivam e conectam. E, com isso, colocam em risco a democracia, já que ameaçam instituições fundamentais, como jornalismo, educação, saúde e governo.”

As empreendedoras norte-americanas Jennifer Brandel, Mara Zepeda e Astrid Scholtz vêm cutucando os animais selvagens das startups com vara curta em artigos provocativos na plataforma Medium. Diante dos riscos em relação aos unicórnios que apontaram, elas propõem o conceito de “zebra”. No manifesto“Zebras consertam o que os unicórnios quebram”, as empreendedoras explicam que escolheram as africanas zebras para melhor simbolizar as startups por cinco razões:

• São reais, não imaginárias.

• São preto no branco, ou seja, geram lucro e, ao mesmo tempo, melhoram a sociedade.

• São mutualistas: reúnem-se em grupos e se protegem mutuamente.

• São construídas com força de vontade incomparável e eficiência (de capital).

• Lidam com problemas reais e significativos e focam os sistemas sociais existentes.

“Suprassumo do unicórnio, o Facebook se tornou uma arma ao espalhar notícias falsas durante a eleição presidencial dos EUA. O Uber ficou sob fogo cruzado por apoiar agendas políticas dúbias e tolerar ambientes de trabalho tóxicos. O Medium voltou atrás depois de perceber que conteúdos que só visavam cliques poderiam produzir os resultados que os acionistas queriam ver, mas minavam a missão original do fundador de criar um modelo de publicação que iluminasse, informasse e recompensasse a qualidade sobre a quantidade”, afirmam as autoras.

É mais difícil criar uma empresa zebra? Sim, e elas explicam por quê:

1. O problema que a zebra vem resolver não é produto, mas processo. Um app não vai resolver, por exemplo, a crise da falta de moradia. Não se está investindo no processo, e é isso que precisa mudar. É hora de medir de maneira diferente, e melhor, o sucesso de uma inovação.

2. Geralmente, zebras são criadas por mulheres e minorias. Só que apenas 3% do capital total investido em startups vai para mulheres, e menos de 1%, para negros. E, apesar de as mulheres fundarem 30% das empresas, recebem apenas 5% dos empréstimos para pequenos negócios e 3% do capital de risco.  A contradição é que, segundo pesquisas diversas, equipes com mulheres têm desempenho superior ao daquelas integradas só por homens.

3. Você não é o que não vê. Fora do Vale do Silício, existem empresas zebras promissoras, mas é preciso haver modelos inspiradores no  Vale.

4. As zebras estão presas a dois paradigmas ultrapassados: lucrativo ou não lucrativo. Jovens empresas que buscam lucro e propósito ao mesmo tempo se apoiam em estruturas imperfeitas e híbridas e muitas vezes são caras demais, em termos de custos legais e de tempo. É o dilema do ovo e da galinha.

5. A tese de que o investimento de impacto funciona é estreita e avessa a riscos. Boa parte dos US$ 36 bilhões de investimento de impacto se restringe a áreas como energia limpa, microfinanças e saúde global. Educação e jornalismo, por exemplo, são totalmente esquecidos.

As zebras necessitam de novos modelos.

Fonte: Revista HSM
Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 12 de julho de 2017 às 20:56
O varejo deve ver mais lojas abrirem as portas do que estabelecimentos fechando. Essa é a projeção da CNC e tem como base o bom reflexo das lojas setor nos primeiros três meses do ano.

Segundo levantamento da CNC, o primeiro trimestre do ano registrou o fechamento 75% a menos de lojas em relação ao ano passado. O valor corresponde a 9,965 mil estabelecimentos. No ano passado, o Brasil fechou o ano com menos de 108,7 mil lojas.

“Nos últimos três anos não deu para esperar nada de muito positivo do varejo”, diz o economista da CNC Fábio Bentes. “Mas esse ano a expectativa é de retomada de pelo menos três setores: vestuários e calçados, materiais de construção, móveis e eletrodomésticos”, completou.

Melhorias
Após dois anos de queda, o varejo ampliado também deve dar uma respirada e registrar crescimento de 1,2% no primeiro trimestre do ano em relação a 2016. Os hiper e supermercados também devem crescer nos próximos meses. Já a disponibilidade de crédito deve se manter estável nos próximos meses.

“A gente ainda vai ver um leve fechamento de lojas nos primeiros seis meses desse ano que vai registrar, acredito eu, 20 mil lojas a menos. Mas na segunda metade do ano a nossa expectativa é que já comece alguma geração de pontos de venda”

O número de postos de trabalho registrou um crescimento de dois mil postos de trabalho. “É um número que pode parecer pouco significativo à primeira vista, mas que ganha muita relevância diante do fechamento de mais de 177 mil empregos no ano passado”, observou Bentes.

Retomada

Para a CNC, os números indicam que a recuperação da economia brasileira deve acontecer a entre o segundo semestre deste ano e 2018.

O principal fator que baseia a expectativa otimista, na visão dos economistas, é a queda da inflação. O cenário permite ao Banco Central manter a política de redução da taxa básica de juros (Selic).

A organização acredita que o crescimento econômico independerá da aprovação da reforma da Previdência no Congresso Brasileiro.

Fonte: Novarejo