Varejo & Franquias
Postado em quarta-feira, 07 de junho de 2017 às 16:15
A recessão provocou uma redução no consumo de calçados no país. No ano passado, o varejo vendeu 784 milhões de pares, 13% menos do que em 2014 (903 milhões de pares).
O brasileiro comprou menos sapatos e deu bem mais atenção a preço -mas não abriu mão de buscar lojas que oferecem bom atendimento, variedade e produtos com qualidade.
A constatação emerge de uma pesquisa que conduzida pelo IEMI, consultoria especializada no setor de vestuário, para avaliar o comportamento da clientela em relação ao consumo de sapatos.
Ao ouvir 1.252 consumidores de diferentes faixas etárias, classes sociais e regiões do país, a consultoria identificou os atributos mais importantes para a compra de calçados.
Atualmente, os entrevistados priorizam preços mais baixos, bom atendimento da loja, qualidade e variedade dos produtos.
O mesmo levantamento feito em 2014 mostrou que preço era o quarto quesito. Bom atendimento, qualidade e variedade eram, nesta ordem, as motivações mais importantes.
“Antes da crise, parte da compra de sapatos era feita por impulso, hoje é por necessidade”, afirma Marcelo Prado, diretor do IEMI.
A pesquisa também identificou o que os clientes priorizam na hora de escolher uma marca. Conforto aparece em primeiro lugar, citado por 43% dos entrevistados. Veja os outros quesitos no quadro abaixo.
“Com o orçamento mais apertado, o consumidor pensa duas vezes antes de comprar e se tornou bem mais exigente. Os lojistas têm de prestar muito mais atenção nisso”, diz Prado.
O varejo de calçados enfrenta uma das maiores crises da história, de acordo com Paulo Soares Sena, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados de São Paulo, que representa 3,5 mil empresas.
Nos últimos dois anos, as vendas caíram de 20% a 30% e, de 2014 até agora, 550 lojas não resistiram à queda de receita e ao aumento de custos e fecharam as portas na capital.
“Antes da crise, os consumidores das classes C e D não se importavam tanto com preços e quantidade de mercadorias. Hoje, eles compram menos e estão ainda mais exigentes”, afirma Sena.
De acordo com a pesquisa do IEMI, no período anterior à recessão a frequência de compra de calçados dos consumidores das classes C e D/E era 3,4 vezes por ano. Caiu para 3 vezes neste ano.
Os brasileiros de maior poder aquisitivo, de acordo com o IEMI, aumentaram as visitas aos estabelecimentos, de 4,2 vezes em 2014 para 4,7 neste ano.
A pesquisa do IEMI também constatou que os consumidores estão considerando mais as lojas de departamentos na hora de comprar calçados.
Neste ano, 38% dos entrevistados apontaram esse modelo comercial como preferido. Eram 14% três anos atrás.
Em 2014, as lojas que comercializam multimarcas eram preferidas por 62% dos consumidores ante 38% em 2017. Já as monomarcas caíram de 18% para 11% no mesmo período..
Prado diz que as lojas de departamentos ampliaram a linha de calçados, melhoraram a exposição dos produtos e passaram a trabalhar com coleções assinadas. Esse movimento atraiu o público de menor e de maior poder aquisitivo.
A Pernambucanas, por exemplo, decidiu ampliar a linha de sapatos nos últimos três anos. A rede, que só atendia o público feminino, passou a comercializar também sapatos masculinos e infantis.
Esse movimento faz parte de um plano da rede de focar nas linhas de cama, mesa e banho e vestuário, que deram origem à empresa, de acordo com Alberto Kohn de Penhas, diretor executivo da Pernambucanas.
Enquanto isso, as lojas especializadas em calçados sofrem com a crise e o aumento da concorrência. As redes de sapatos populares Global Shoes e Calçados Clóvis, que reúnem 20 lojas em São Paulo, registraram queda de 15% a 20% nas vendas em 2016.
A Clóvis, em operação há 50 anos, e a Global Shoes, há 17, são administradas pela mesma família. “Todo mundo tem seu espaço para a venda de calçados", diz Karina Kou, gerente de marketing da Calçados Clóvis.
"Uma fase é melhor para as lojas de departamentos e, outra, para as lojas especializadas. A variedade nas nossas lojas é maior.” O cliente das duas redes, diz ela, quer preço, qualidade e moda. São atributos importantes não apenas para a compra de calçados.
Fonte: Diário do Comércio
O brasileiro comprou menos sapatos e deu bem mais atenção a preço -mas não abriu mão de buscar lojas que oferecem bom atendimento, variedade e produtos com qualidade.
A constatação emerge de uma pesquisa que conduzida pelo IEMI, consultoria especializada no setor de vestuário, para avaliar o comportamento da clientela em relação ao consumo de sapatos.
Ao ouvir 1.252 consumidores de diferentes faixas etárias, classes sociais e regiões do país, a consultoria identificou os atributos mais importantes para a compra de calçados.
Atualmente, os entrevistados priorizam preços mais baixos, bom atendimento da loja, qualidade e variedade dos produtos.
O mesmo levantamento feito em 2014 mostrou que preço era o quarto quesito. Bom atendimento, qualidade e variedade eram, nesta ordem, as motivações mais importantes.
“Antes da crise, parte da compra de sapatos era feita por impulso, hoje é por necessidade”, afirma Marcelo Prado, diretor do IEMI.
A pesquisa também identificou o que os clientes priorizam na hora de escolher uma marca. Conforto aparece em primeiro lugar, citado por 43% dos entrevistados. Veja os outros quesitos no quadro abaixo.
“Com o orçamento mais apertado, o consumidor pensa duas vezes antes de comprar e se tornou bem mais exigente. Os lojistas têm de prestar muito mais atenção nisso”, diz Prado.
O varejo de calçados enfrenta uma das maiores crises da história, de acordo com Paulo Soares Sena, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados de São Paulo, que representa 3,5 mil empresas.
Nos últimos dois anos, as vendas caíram de 20% a 30% e, de 2014 até agora, 550 lojas não resistiram à queda de receita e ao aumento de custos e fecharam as portas na capital.
“Antes da crise, os consumidores das classes C e D não se importavam tanto com preços e quantidade de mercadorias. Hoje, eles compram menos e estão ainda mais exigentes”, afirma Sena.
De acordo com a pesquisa do IEMI, no período anterior à recessão a frequência de compra de calçados dos consumidores das classes C e D/E era 3,4 vezes por ano. Caiu para 3 vezes neste ano.
Os brasileiros de maior poder aquisitivo, de acordo com o IEMI, aumentaram as visitas aos estabelecimentos, de 4,2 vezes em 2014 para 4,7 neste ano.
A pesquisa do IEMI também constatou que os consumidores estão considerando mais as lojas de departamentos na hora de comprar calçados.
Neste ano, 38% dos entrevistados apontaram esse modelo comercial como preferido. Eram 14% três anos atrás.
Em 2014, as lojas que comercializam multimarcas eram preferidas por 62% dos consumidores ante 38% em 2017. Já as monomarcas caíram de 18% para 11% no mesmo período..
Prado diz que as lojas de departamentos ampliaram a linha de calçados, melhoraram a exposição dos produtos e passaram a trabalhar com coleções assinadas. Esse movimento atraiu o público de menor e de maior poder aquisitivo.
A Pernambucanas, por exemplo, decidiu ampliar a linha de sapatos nos últimos três anos. A rede, que só atendia o público feminino, passou a comercializar também sapatos masculinos e infantis.
Esse movimento faz parte de um plano da rede de focar nas linhas de cama, mesa e banho e vestuário, que deram origem à empresa, de acordo com Alberto Kohn de Penhas, diretor executivo da Pernambucanas.
Enquanto isso, as lojas especializadas em calçados sofrem com a crise e o aumento da concorrência. As redes de sapatos populares Global Shoes e Calçados Clóvis, que reúnem 20 lojas em São Paulo, registraram queda de 15% a 20% nas vendas em 2016.
A Clóvis, em operação há 50 anos, e a Global Shoes, há 17, são administradas pela mesma família. “Todo mundo tem seu espaço para a venda de calçados", diz Karina Kou, gerente de marketing da Calçados Clóvis.
"Uma fase é melhor para as lojas de departamentos e, outra, para as lojas especializadas. A variedade nas nossas lojas é maior.” O cliente das duas redes, diz ela, quer preço, qualidade e moda. São atributos importantes não apenas para a compra de calçados.
Fonte: Diário do Comércio