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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 23 de junho de 2025 às 14:50


“E se eu parasse de anunciar?”
Essa pergunta já passou pela sua cabeça? Talvez num mês fraco, talvez quando a verba apertou ou quando os números deram aquela travada. É normal. Mas, antes de cortar o anúncio no impulso, vale olhar além do clique, do ROAS, da venda direta.

Sabe aquele papo de que “marca se constrói no longo prazo”? Ele é verdade, e você já sabe. A parte que quase ninguém fala é como isso acontece na prática, principalmente o que começa a desmoronar quando você simplesmente para de comunicar sua marca.

Muita gente encara anúncio como se fosse luz de interruptor: ligou, aparece; desligou, some. Mas o jogo real é mais parecido com manter uma fogueira acesa. Quando você para de colocar lenha, ela continua brilhando um pouco… até apagar. E o problema é que muita marca só percebe que apagou quando já tá no escuro, e aí corre para reacender do zero.

No e-commerce, em que a pressão por performance é diária, é tentador priorizar só os 3% que estão prontos para comprar. Mas os outros 97% estão aí, observando, lembrando (ou esquecendo) de você. E é nesse silêncio entre uma compra e outra que a marca vive – ou morre.

Nos próximos tópicos, vou te mostrar como essa construção de marca realmente acontece, o que ocorre quando você pausa sua comunicação e, principalmente, como manter sua marca presente sem queimar seu orçamento.

Como marcas ganham espaço na cabeça do consumidor

Quando você pensa em “anunciar”, a primeira coisa que vem à cabeça é: vender. É natural, ainda mais no e-commerce, em que cada clique tem custo e cada centavo precisa voltar com lucro. Mas o que pouca gente considera é que venda é consequência. Antes de vender, você precisa existir na cabeça de quem compra.

E aí entra o conceito de disponibilidade mental. Ele explica por que, mesmo sem um anúncio direto, você acaba escolhendo a marca que já viu antes, que parece familiar, que “apareceu” tantas vezes que virou referência. Não é mágica, é repetição. É familiaridade construída no detalhe: um carrossel no Instagram, uma campanha que rodou por semanas, um e-mail marketing que sempre chega.

Esses 97% que não estão comprando agora? Eles são o seu futuro caixa. São as pessoas que ainda não estão no momento de decisão, mas que vão chegar lá. E quando chegarem, a pergunta é: de quem elas vão se lembrar?

Se sua marca não estiver presente com frequência e consistência, a resposta vai ser “qualquer outra”. Porque presença não é sorte, é construção. E construção exige tempo. Não adianta impactar alguém uma vez e achar que vai gravar na memória. Precisa insistir. Precisa aparecer de novo. E de novo.

É como plantar. Você joga a semente (o anúncio), mas o resultado não vem no dia seguinte. Leva tempo pra germinar. Enquanto isso, seu concorrente pode estar fazendo o mesmo trabalho, e quem aparecer mais, com mais consistência, tende a ocupar o espaço primeiro.

O que muitos não enxergam é que o consumidor constrói atalhos mentais. Quando ele precisa de algo, não pesquisa do zero, ele vai na marca que lembra.

E para ser lembrado, você precisa estar lá antes da decisão. Isso é o que separa marcas que vivem de campanhas daquelas que vivem na cabeça do cliente.

Então antes de pensar no ROI imediato, pense em ocupar espaço. Porque vender hoje é ótimo, mas ser lembrado amanhã é o que garante o próximo mês ou ano.

O que acontece quando você para de anunciar

Você já construiu alguma coisa que demorou para ficar pronta, um site, um time, um processo, e depois viu tudo desandar por falta de manutenção? É isso que acontece quando você pausa sua comunicação de marca.

A memória do consumidor não é eterna. Ela tem validade. Quando você para de anunciar, não é como desligar um holofote que pode ser religado depois, é como parar de alimentar uma fogueira. Ela continua brilhando um pouco, sim. Mas, sem lenha, vai enfraquecendo… até apagar.

No começo, tudo parece bem. O tráfego orgânico segura, as vendas continuam vindo de quem já estava no funil. Só que, aos poucos, os sinais começam a surgir: queda no reconhecimento de marca, aumento no custo por aquisição, mais dependência de promoções ou descontos. E quando você volta a anunciar, descobre que aquele território que era seu já foi tomado por outro.

Existe até um gráfico clássico sobre isso: duas marcas, uma que continua investindo em awareness, outra que para por três meses. Resultado? A marca que manteve a constância cresce em top of mind. A outra estagna ou, pior, regride.

E aqui entra um ponto crítico: muitas marcas desistem antes de atingir o tal ponto de equilíbrio, aquele momento em que sua presença já gera retorno consistente. Outras até chegam lá, mas não sustentam. Cortam o investimento, achando que “já deu resultado”, e aí começam a apagar a memória que levaram meses (ou anos) para formar.

É o famoso “começar do zero”. Só que, dessa vez, o consumidor já viu que você some. A confiança balança. E recuperar espaço custa ainda mais caro.

O resumo é simples: parar de anunciar é mais caro do que continuar. Porque o que se perde em percepção de marca, em lembrança, em autoridade… não se recupera de um dia para o outro.

Como sustentar presença sem queimar caixa

Até aqui, talvez você esteja pensando: “Ok, entendi que parar é ruim. Mas manter presença custa caro. E aí, como faz?”.

A boa notícia é que constância não precisa significar volume. O segredo está em achar o ponto de equilíbrio. Uma combinação de investimento, frequência e canal que mantém sua marca viva na mente do consumidor sem sugar toda a margem do seu e-commerce.

Primeiro, entenda que presença não é só mídia paga. É também conteúdo, CRM, SEO, redes sociais, parcerias, entre outros. A marca vive onde o cliente presta atenção. Se você tem verba limitada, a pergunta certa não é “quanto eu consigo investir?”, mas sim “qual mix me dá mais consistência ao longo do tempo?”.

Na mídia paga, foco em frequência mínima. Melhor impactar menos pessoas com mais repetições do que tentar falar com todo mundo uma vez só. A repetição constrói familiaridade. E familiaridade gera lembrança.

Outro ponto chave: mensurar certo. Métricas como ROAS ou CPA são importantes, mas não contam a história toda. Olhe também para buscas diretas pela sua marca, crescimento de seguidores, engajamento com conteúdo, tráfego de retorno. Tudo isso mostra se sua presença está funcionando.

E, principalmente, planeje como se marca fosse rotina. Não adianta investir pesado num mês e sumir no seguinte. Pense em ciclos: criar memória, refrescar memória, reforçar lembrança. Isso é o que sustenta a marca no jogo.

Para fechar, lembre-se disto: o consumidor não vai se lembrar da sua campanha. Ele vai se lembrar da sua marca. E essa lembrança é construída aos poucos, com consistência. Quem some demais vira ruído. Quem aparece com frequência certa vira referência.

Fonte: Ecommerce Brasil
Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 23 de junho de 2025 às 14:46


As redes sociais estão se tornando cada vez mais protagonistas da nossa atualidade. E, com a chegada da IA, essa realidade só tende a crescer. Das relações de consumo às interações sociais, a forma como nos conectamos aos conteúdos está mudando o comportamento humano, as expectativas de trabalho e as relações amorosas. Para crianças e adolescentes, essas mudanças são ainda mais drásticas. E, ainda é um desafio entender os limites e reflexos dessas transformações.

A série Adolescência é um retrato trágico das possibilidades que a vida digital pode levar aos mais jovens. Já o documentário Estudos Sociais: Crescendo na Era Digital revela os efeitos das novas tecnologias em um grupo de estudantes no pós-pandemia. O documentário está disponível no streaming Disney+.

Real x Virtual

Ao longo de um ano letivo, a produção acompanhou os personagens – todos nascidos digitais, em Los Angeles – na volta à escola. Filmada ao longo de 2021 e 2022, trata-se de um período em que as redes sociais já ocupam um papel intrínseco na vida desses jovens. Os adolescentes abrem suas vidas e smartphones – e, claro, aplicativos como TikTok, Snapchat e Instagram – para mostrar como lidam com diferentes questões da idade: bullying, amizades, sexualidade e decisões para o futuro.

Com sensibilidade e perspicácia, o documentário revela as tensões entre a realidade e a vida digital desses jovens, que adotaram as redes sociais como principal meio de interação – seja para fazer amigos, se relacionar amorosamente ou expressar suas identidades no mundo. Mas, diferentemente do Instagram ou do TikTok, a série não possui filtros.

Nexus: informação e IA

O livro Nexus, de Yuval Noah Harari, traça uma linha do tempo das redes de informação. Em um percurso instigante, a obra explora a forma como a humanidade se comunica e adquire conhecimento desde a Idade da Pedra até os tempos atuais, com a chegada da Inteligência Artificial. São essas redes de informação que ajudaram a moldar governos, reinos e diferentes formas de poder ao longo da nossa história.

Em tempos nos quais diferentes países disputam a soberania da IA, o livro de Harari é leitura essencial para compreender como a informação se relaciona com o poder político, os sistemas de governo e, claro, as transformações da sociedade.

Harari mostra como cada revolução informacional redefiniu estruturas sociais, acelerou mudanças políticas e abriu caminho para novas formas de controle e colaboração. Uma leitura obrigatória para profissionais e lideranças que estão na jornada da evolução da IA!

Como os brasileiros usam a IA?

Falando em Inteligência Artificial, você sabia que 97% dos brasileiros sabem o que é a tecnologia? Mas, apenas 54% usa a IA apenas para pesquisar sobre interesses pessoais. Ou seja, ainda há muita margem para que a população utilize as ferramentas de IA para revolucionar suas vidas.

Além disso, o dado da mais recente pesquisa da Opinion Box em parceria com a CX Brain demonstra que aquela ideia de que a IA só serve para quem é especialista no assunto está longe da realidade!

A pesquisa também mostra que 69% das empresas já utilizam a IA em suas operações de atendimento e relacionamento com o cliente. Mas, o foco da maioria ainda está concentrado em resolver tarefas puramente operacionais. Assim, 41% usam a IA para reduzir o tempo de espera, 36% para agilizar respostas e 32% priorizam a integração entre canais.

Fonte: Consumidor Moderno