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Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 25 de março de 2024 às 14:43


Em entrevista exclusiva ao Consumidor Moderno, Samsung revela todo o potencial de seus smartwatches. 

As tecnologias vestíveis representam uma revolução palpável na interseção entre a tecnologia e o cotidiano, transformando a maneira como a sociedade se relaciona com a informação, a saúde e até mesmo a expressão pessoal. 

Esses dispositivos, que incluem smartwatches, óculos inteligentes, roupas tecnológicas e sensores embutidos, tornam-se cada vez mais integrados ao tecido da vida diária. No cerne dessa revolução está a convergência entre design inovador e funcionalidades avançadas, oferecendo aos usuários uma experiência mais personalizada e conectada.

Ao adentrar o universo das tecnologias vestíveis, é impossível não se deparar com os smartwatches, que vão além de meros instrumentos de medição de tempo, transformando-se em verdadeiros centros de notificação e monitoramento da saúde. 

A capacidade de rastrear dados biométricos, como frequência cardíaca e qualidade do sono, proporciona aos usuários insights valiosos sobre seu bem-estar. 

No entanto, essa revolução vai além do pulso, estendendo-se a peças de vestuário equipadas com sensores inteligentes capazes de monitorar diversos aspectos da saúde e até mesmo ajustar-se automaticamente para proporcionar maior conforto.

No campo da realidade aumentada, os óculos inteligentes têm ganhado destaque, oferecendo uma experiência imersiva que transcende o mundo virtual. 

Esses dispositivos não apenas fornecem informações contextualizadas em tempo real, mas também redefinem a maneira como interagimos com o ambiente ao nosso redor. Ao integrar mapas, traduções instantâneas e dados relevantes diretamente no campo de visão, os óculos inteligentes promovem uma experiência mais intuitiva e conectada.

Além dos aspectos funcionais, as tecnologias vestíveis também desempenham um papel crucial na expressão individual. Roupas tecnológicas, equipadas com LEDs, sensores de movimento e tecidos inteligentes, proporcionam uma plataforma inovadora para a expressão artística e a criação de experiências visuais únicas. 

À medida que essas tecnologias continuam a evoluir, é fascinante observar como a interseção entre moda e tecnologia redefine não apenas a estética, mas também a funcionalidade das vestimentas diárias.


As tecnologias vestíveis e a personalização da experiência

Em entrevista exclusiva ao Consumidor Moderno, Marcelo Daou, Gerente Sênior de Produto da Divisão de Mobile Experience da Samsung Brasil, conta que os smartwatches, se tornaram uma extensão dos smartphones, como uma segunda tela, facilitando o acesso às notificações, mensagens e aplicativos. 

Esta sinergia transforma os smartwatches em assistentes pessoais, permitindo que as pessoas façam mais sem precisar ter o smartphone em mãos, resultando em um aumento de sua produtividade.

“Para a Samsung, a coleta e o tratamento de dados pessoais é um tema muito importante e tratamos de forma transparente para os consumidores através do aviso de privacidade, detalhamento das permissões necessárias e controle do consumidor da gestão desses dados. Além disso, a Política de Privacidade disponível esclarece como a empresa realiza o tratamento dos dados pessoais que estão sob o seu controle”.

Quando autorizados pelo consumidor, os smartwatches podem também reunir diferentes dados sobre o usuário, com os dados coletados sobre as atividades diárias, níveis de atividade física, padrões de sono e outros comportamentos, todos para recomendar alguma ação personalizada, por exemplo: se movimentar após muito tempo sentado. Ou ao monitorar stress elevado, recomendar exercício de respiração.

Indo além, pode-se até falar de um panorama geral sobre a saúde e bem-estar dos usuários de forma simples e unificada. Por exemplo, a Samsung recentemente divulgou a pesquisa “Global Sleep Health Insights” com dados globais sobre a Saúde do Sono dos usuários dos Galaxy Watch. 

A pesquisa reuniu 716 milhões de noites de sono, de 64 milhões de usuários mensais ativos do aplicativo Samsung Health, em 195 mercados, incluindo o Brasil. 

Os dados da pesquisa apontaram que os brasileiros que optaram em compartilhar anonimamente suas estatísticas de sono com a Samsung, e que são mensalmente ativos no aplicativo Samsung Health estão indo para a cama mais tarde e acordando mais cedo que a média dos demais países que fizeram parte do estudo. 

“Aproveitar as novas tecnologias para criar formas inovadoras de interagir com os consumidores é um grande trunfo para as marcas aumentarem o engajamento com seu público. Na Samsung, acreditamos que entender o consumidor é um pilar fundamental, por isso, estamos atentos às tendências e necessidades dos consumidores para promover ações de experiência inovadoras que surpreendam as pessoas nas mais variadas frentes”, comenta Marcelo Daou.


A tecnologia em prol de diversos segmentos

Ainda de acordo com o Gerente Sênior de Produto da Divisão de Mobile Experience da Samsung Brasil, os smartwatches incorporam uma variedade de tecnologias para otimizar seu desempenho, incluindo sensores diversificados. 

No caso dos Galaxy Watch da Samsung, entre as possibilidades oferecidas pelo sensor BioActive destacam-se a frequência cardíaca, o nível de oxigenação no sangue e até o nível de estresse. Os usuários também conseguem um entendimento mais aprofundado da saúde de seu coração ao monitorar a pressão sanguínea e o ECG direto do pulso.

Além disso, com o recurso de Composição Corporal dos smartwatches Galaxy Watch, é possível ter uma visão mais holística do corpo, com a conferência de dados como peso, músculo esquelético e taxa metabólica basal, por exemplo. Essas informações são fundamentais para que as pessoas que desejam estabelecer metas incrementais em busca de uma saúde melhor. 

“Nesse processo de aprimoramento contínuo das tecnologias associadas à saúde e bem-estar dos Galaxy Watch, nossa equipe de Pesquisa & Desenvolvimento emprega Inteligência Artificial. Essa abordagem utiliza a análise de algoritmos e dados gerados por pesquisas realizadas com usuários para impulsionar a evolução dessas tecnologias”.

Já na área financeira, a adoção do pagamento por aproximação via smartphones ou smartwatches está cada vez mais frequente. Os smartwatches das famílias Watch4,5 e Watch6, por exemplo, trazem tecnologia NFC e conta com o Samsung Wallet, que permite o pagamento por aproximação através do smartwatch. 

“Os consumidores já percebem as vantagens que este tipo de pagamento traz, como maior simplicidade e mais segurança contra fraudes e roubos”.

Vale ressaltar que a Samsung leva a segurança, a privacidade e a proteção dos dados do consumidor muito a sério. Com a plataforma de segurança Samsung Knox nos Galaxy Watch as informações pessoais das pessoas – incluindo saúde e dados de pagamento – estão seguras e protegidas.


As possibilidades com as tecnologias vestíveis 

Além de serem uma extensão dos smartphones, como uma segunda tela, as tecnologias vestíveis têm um forte apelo para saúde e bem-estar. Os Galaxy Watch, como o Galaxy Watch6 e o Galaxy Watch6 Classic, trazem recursos que vão desde medição de batimentos cardíacos, eletrocardiograma, mensuração da composição corporal, até o monitoramento do sono para uma melhor rotina de descanso e controle do nível de estresse. 

“A Samsung é conhecida pelo seu pioneirismo, inovações e pesquisas centradas nas necessidades das pessoas. Com isso em mente, continuaremos a buscar soluções e tecnologias capazes de auxiliar as pessoas a aproveitarem o melhor de seu dia a dia a cada nova geração de wearables”.

“Os wearables da Samsung, como o Galaxy Watch e o Galaxy Buds são projetados para funcionar em sintonia dentro de um ecossistema que proporciona uma experiência conectada poderosa, servindo como uma extensão perfeita de suas necessidades, prioridades e personalidade única”, finaliza o Gerente Sênior de Produto da Divisão de Mobile Experience da Samsung Brasil.

Fonte: Consumidor Moderno
Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 18 de março de 2024 às 11:11
 
À medida que modelos de linguagem como ChatGPT e Gemini inauguraram uma nova era de IA no Vale do Silício, as maiores empresas de tecnologia do mundo estão olhando para o futuro da biologia digital.
Desde 2021, US$ 7.7 bilhões foram investidos em startups de descoberta de medicamentos a partir de IA, segundo a Pitchbook.

Enquanto o CEO da Nvidia, Jensen Huang, observava a plateia na conferência de saúde do JPMorgan, o maior evento de tecnologia em saúde do ano, ele reconheceu que estava em um território desconhecido. “Vocês não são meu público normal”, disse durante um bate-papo com a Recursion, empresa de descoberta de medicamentos que recebeu US$ 50 milhões da Nvidia em 2023.

A audiência pode não ter sido parte de seu público-alvo principal, mas ele espera que isso mude. Repetidas vezes, Huang promoveu a biologia digital como a “próxima revolução incrível” da tecnologia.

Enquanto o boom da IA varreu o Vale do Silício, a Nvidia construiu um negócio de mais de US$ 60 bilhões por ano e, no verão passado, se tornou uma das poucas empresas com o valor de mercado na casa do trilhão. Na saúde e biotecnologia, ela vê mais oportunidades para impulsionar seu crescimento.

“Foi declarado que seremos o próximo negócio bilionário da Nvidia”, disse Kimberly Powell, vice-presidente de saúde da companhia, à Forbes. Ela afirmou que a empresa visa fornecer chips, infraestrutura em nuvem e outras ferramentas para mais empresas de biotecnologia.

Agora que modelos de linguagem como o ChatGPT, da OpenAI, e o Gemini, do Google, tornaram a IA generativa mais comum, várias das maiores empresas de tecnologia do mundo estão voltando sua atenção para a biotecnologia como a próxima fronteira em inteligência artificial.

Na Nvidia, a maior parte dos investimentos na divisão de Venture Capital foram em descoberta de medicamentos. Na DeepMind (laboratório de IA do Google), o modelo AlphaFold, ferramenta para prever estruturas de proteínas, tem sido usado por pesquisadores acadêmicos ao longo do último ano para desenvolver uma “seringa molecular” para injetar medicamentos diretamente nas células.

O interesse em biotecnologia é abrangente na indústria: Microsoft, Amazon e até Salesforce têm projetos de design de proteínas também.

Embora o uso da IA na descoberta de medicamentos não seja exatamente uma novidade — a DeepMind apresentou o AlphaFold pela primeira vez em 2018 — executivos da DeepMind e da Nvidia disseram à Forbes que este é um momento de avanço, graças à confluência de três coisas: a massa de dados em treinamento disponíveis, a explosão de recursos computacionais e avanços nos algoritmos. “Os três ingredientes estão aqui pela primeira vez”, disse Powell. “Isso não era possível há cinco anos.”


A importância da biotecnologia

A IA tem muito potencial na biotecnologia por causa de sua grande complexidade — basta ver o problema que o AlphaFold visa. As proteínas são a máquina básica do seu corpo, gerenciando uma ampla variedade de funções. Toda proteína é composta por uma sequência de aminoácidos, e as interações entre esses aminoácidos e o ambiente externo determinam como a proteína “dobra” — o que dita sua forma final. Ser capaz de prever a forma de uma proteína com base em suas sequências de aminoácidos é de suma importância para empresas de biotecnologia, que podem usar essas informações para projetar desde novos medicamentos até plásticos biodegradáveis.

Aqui é onde a aprendizagem profunda entra em jogo: treinar modelos de IA em centenas de milhões de sequências de proteínas diferentes e suas estruturas subjacentes ajuda esses modelos a descobrir padrões na biologia sem necessariamente precisar fazer os cálculos caros que eram necessários.

Simular proteínas requer recursos computacionais tão intensos que instituições projetaram e construíram supercomputadores especificamente para lidar com isso, como é o caso do Anton 2, feito pelo Pittsburgh Supercomputing Center.


O boom das startups de medicamentos a partir de IA

O boom da tecnologia para descoberta de medicamentos não está vindo apenas das gigantes do setor. Desde 2021, US$ 7.7 bilhões foram investidos em startups de descoberta de medicamentos a partir de IA, segundo a Pitchbook.

Em um relatório publicado no início deste mês, a empresa de análise de dados observou que ainda há um forte nível de entusiasmo “por empresas iniciantes que integram IA na descoberta e desenvolvimento de medicamentos”. O surgimento da IA generativa também despertou esse interesse crescente, disse David Baker, diretor do Instituto de Design de Proteínas da Universidade de Washington.

“Isso sempre foi uma espécie de coisa lunática, fora do mainstream”, disse Baker. Agora, ele disse, “todo mundo está falando sobre isso”. Desde a fundação do Instituto de Design de Proteínas em 2012, mais de 20 startups foram criadas a partir do programa, disse Baker. Dez delas, incluindo a Archon Biosciences, que desenvolve nanomateriais para medicina regenerativa e câncer, surgiram nos últimos anos.

Na DeepMind, a pandemia de Covid-19 fez com que os pesquisadores realmente entendessem as consequências de suas pesquisas. Eles trabalharam por quase 5 anos para desenvolver o AlphaFold, e enquanto estavam retratando o modelo para sua segunda geração, o mundo inteiro começou a se abrigar por causa de um vírus misterioso. “Isso trouxe para casa a importância do problema”, disse Pushmeet Kohli, vice-presidente de ciência da DeepMind, à Forbes.

Várias outras gigantes da tecnologia têm seus próprios esforços no campo de dobramento de proteínas.O resultado da pesquisa da DeepMind foi o AlphaFold 2, um modelo inovador que podia prever com tanta precisão as estruturas de proteínas que os organizadores do CASP, uma competição de pesquisa mundial para dobramento de proteínas, enviaram um e-mail perguntando se a empresa de alguma forma trapaceou, recordou Kohli, rindo.

O esforço foi tão promissor que Demis Hassabis, cofundador, criou uma empresa separada na Alphabet com base nos avanços do AlphaFold. Chamada Isomorphic Labs, a startup foca na descoberta de medicamentos e é liderada pelo próprio Hassabis. Apenas este ano, por exemplo, a Isomorphic Labs fechou acordos de pesquisa com a Lilly e a Novartis, coletivamente valendo quase US$ 3 bilhões se todos os marcos forem alcançados — e isso não inclui royalties de vendas de medicamentos potenciais.

Em 2022, a Nvidia lançou o BioNeMo, uma plataforma de IA generativa que ajuda os desenvolvedores a acelerar o treinamento, a implantação e a escalabilidade de grandes modelos de linguagem para descoberta de medicamentos. Na Nventures, a divisão de capital de risco da fabricante de chips, 7 dos 19 negócios da unidade são de startups de descoberta de medicamentos a partir de IA, incluindo Genesis Therapeutics, Terray e Generate Biosciences.

“A indústria de design assistido por computador criou a primeira empresa de chips de US$ 2 trilhões”, disse Powell, referindo-se à Nvidia e sua ascensão estratosférica ao longo do último ano. “A indústria de descoberta de medicamentos assistida por computador também pode construir a próxima empresa farmacêutica de trilhões de dólares. É por isso que estamos investindo da maneira que estamos”, acrescentou.

Várias outras gigantes da tecnologia têm seus próprios esforços no campo de dobramento de proteínas. No ano passado, a Salesforce estreou o ProGen, um modelo de IA para geração de proteínas, e a Microsoft lançou o EvoDiff, um modelo semelhante, mas de código aberto. A Amazon também lançou ferramentas de dobramento de proteínas para o SageMaker, sua plataforma de aprendizado de máquina da Amazon Web Service (AWS). Até mesmo a ByteDance, empresa-mãe do TikTok, parece estar recrutando equipes de ciência e design de medicamentos, relatou a Forbes em janeiro.


Os desafios no caminho

Apesar da promissora promessa de descoberta de medicamentos com a ajuda de inteligência artificial, existem contratempos. São necessários anos de pesquisa para que eles cheguem ao mercado.

Em alguns casos, as dificuldades associadas à descoberta de remédios fizeram com que grandes empresas de tecnologia abandonassem essa pesquisa. Em agosto passado, a Meta, empresa-mãe do Facebook, fechou sua equipe de dobramento de proteínas.

Um gargalo importante no qual as empresas de tecnologia precisarão se concentrar é ter dados de treinamento suficientes. Modelos fundamentais mais novos, como o GPT, dependem de aprendizado por reforço, um método em que os algoritmos podem processar informações não rotuladas por tentativa e erro. Isso os torna ainda mais dependentes de dados de alta qualidade, disse Anna Marie Wagner, chefe de IA da empresa de biologia sintética Ginkgo Bioworks à Forbes.

No verão passado, sua empresa entrou em uma parceria estratégica de cinco anos com o Google Cloud para combinar sua expertise em IA com a capacidade do Ginkgo de gerar rapidamente dados biológicos em seus laboratórios automatizados.

Fonte: Forbes