Notícias


Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 27 de maio de 2024 às 14:30

Como consumidores e profissionais, esses nativos digitais esperam personalização, experiências interativas e cuidados com saúde mental.
A Geração Alpha, composta pelos filhos dos Millennials, nascidos a partir de 2010, está emergindo como um grupo demográfico único e cada vez mais influente na sociedade.

Com uma fluência digital inata e características distintas, essa geração promete transformar tanto o mercado de consumo quanto o ambiente de trabalho.
A profunda integração com a tecnologia desde muito cedo na vida é um grande fator que diferencia a Geração Alpha das gerações anteriores. “São altamente proficientes em interagir com tecnologias desde uma idade muito precoce”, observa o neurocientista Fabiano de Abreu, também empresário e especialista em tecnologia. Esta exposição precoce molda não apenas suas habilidades, mas também seus comportamentos de consumo e expectativas futuras.

A fluência digital da Geração Alpha significa que seus hábitos de consumo são fortemente influenciados pela tecnologia. “Preferem experiências interativas e envolventes e tendem a valorizar a personalização“, explica. Plataformas de mídia social e influenciadores digitais desempenham um papel central em suas decisões de compra, com o conteúdo visual sendo particularmente impactante.

A constante interação com dispositivos tecnológicos também implica que a Geração Alpha está acostumada a uma gratificação instantânea. Esperam respostas rápidas e eficientes, o que molda suas expectativas tanto como consumidores quanto futuros trabalhadores.


A Geração Alpha no ambiente de trabalho

A familiaridade com a tecnologia da Geração Alpha lhes proporciona habilidades avançadas, especialmente em multitasking digital e navegação na internet. No entanto, Fabiano de Abreu adverte sobre os possíveis impactos negativos. “Essa exposição pode também gerar expectativas de gratificação instantânea e uma preferência por interações rápidas e eficientes, causando prejuízos cognitivos”, conta.

As hard skills serão altamente valorizadas para a Geração Alpha. “Habilidades em programação, design digital e gestão de dados serão essenciais”, afirma o especialista.
Além disso, soft skills como criatividade, pensamento crítico e habilidades interpessoais também serão cruciais, permitindo que esses jovens naveguem em um ambiente de trabalho cada vez mais colaborativo e globalizado.


Os futuros desafios das empresas

Para atrair e reter a Geração Alpha, as companhias precisarão adaptar suas estratégias de marketing e seus ambientes de trabalho. “As empresas precisarão investir em tecnologias de realidade aumentada e virtual, que oferecem experiências imersivas”, recomenda Fabiano de Abreu.

Ambientes de trabalho colaborativos, flexíveis e com oportunidades contínuas de aprendizado serão essenciais para garantir a produtividade e satisfação dessa geração. Isso porque a Geração Alpha traz consigo tanto desafios quanto oportunidades para as empresas. A integração de novas tecnologias e a criação de ambientes de trabalho adequados serão fundamentais para atender às expectativas desta geração.

Para capturar a atenção desses indivíduos, o marketing deve ser visualmente atraente e interativo. “Estratégias que incorporam valores como sustentabilidade e ética também ressoam bem com essa geração, mesmo que suas ações não condizem com o que defendem, é um efeito manada prevalente”, destaca o profissional. A personalização e a interação direta com os consumidores serão chaves para o sucesso.
“Espaços de trabalho que suportem a colaboração e a inovação, bem como a possibilidade de trabalho remoto ou híbrido, serão importantes”, sugere.

Programas de desenvolvimento contínuo em tecnologias emergentes ajudarão a manter essa geração engajada, já que o bem-estar emocional e psicológico da Geração Alpha não pode ser negligenciado. “As companhias e os educadores devem estar atentos às potenciais desvantagens da alta exposição à tecnologia, como o risco de isolamento social ou ansiedade. Programas que promovam habilidades sociais e resiliência emocional serão essenciais para o desenvolvimento integral desta geração”, alerta.


Diferenças entre Geração Alpha e Millennials

A Geração Alpha e os Millennials, duas gerações distintas, apresentam diferenças marcantes em termos de comportamento, expectativas e interação com a tecnologia. Essas diferenças são moldadas pelo contexto tecnológico, social e econômico em que cada geração cresceu.

Uma das principais diferenças entre a Geração Alpha e Millennials é a fluência digital. Os Millennials, nascidos entre 1981 e 1996, testemunharam a transição para a era digital. Eles cresceram com o surgimento da internet, celulares e redes sociais, adaptando-se progressivamente a essas tecnologias.

Em contraste, a Geração Alpha já nasceu em um mundo totalmente digitalizado. Desde cedo, eles estão imersos em dispositivos como tablets e smartphones, tornando-se nativos digitais.
Os comportamentos de consumo também diferem significativamente. Os Millennials valorizam experiências e autenticidade nas marcas. Eles foram os pioneiros a dar importância a questões de sustentabilidade e responsabilidade social corporativa.

A Geração Alpha, por outro lado, é altamente influenciada por conteúdos visuais e interativos. Sua exposição constante a influenciadores digitais e mídias sociais molda suas preferências de consumo, e eles tendem a valorizar a personalização e as experiências imersivas oferecidas por tecnologias como a Realidade Aumentada (AR) e a Realidade Virtual (VR).

No ambiente de trabalho, os Millennials trouxeram demandas por flexibilidade, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e um propósito significativo em suas carreiras. Eles popularizaram o conceito de trabalho remoto e buscam empresas que ofereçam um ambiente de trabalho colaborativo e inclusivo.

A Geração Alpha, com suas habilidades tecnológicas avançadas, espera um nível ainda maior de flexibilidade e inovação. São indivíduos que valorizam a capacidade de trabalhar remotamente e preferem ambientes de trabalho que suportem a colaboração digital e a aprendizagem contínua.

A preocupação com a saúde mental e o bem-estar é outra área de diferença. Enquanto Millennials abriram caminho para a discussão sobre saúde mental no local de trabalho, a Geração Alpha crescerá com uma expectativa de suporte contínuo nesse aspecto. A alta exposição à tecnologia desde cedo pode apresentar desafios adicionais para a saúde mental da Geração Alpha, tornando crucial que programas de bem-estar e resiliência emocional sejam implementados desde cedo.
Essas diferenças reforçam a importância de entender e adaptar-se às necessidades e expectativas específicas de cada geração, garantindo que as estratégias de marketing, ambientes de trabalho e políticas sociais sejam eficazes e inclusivas.


Atenção às peculiaridades da nova geração 

Considerando os possíveis prejuízos cognitivos causados pela alta exposição à tecnologia, métodos de neuroplasticidade e tratamento cognitivo serão necessários para desenvolver o raciocínio lógico e o foco atencional da Geração Alpha.

“É ideal ter especialistas da neuropsicologia e testes que possam revelar o indivíduo, protegendo-os dos excessos e ajudando-os para uma melhor homeostase”, indica Fabiano de Abreu.
A Geração Alpha representa uma mudança significativa em termos de comportamento de consumo e expectativas no ambiente de trabalho. Sua fluência digital e preferência por experiências interativas e personalizadas moldam um novo paradigma para empresas e educadores.

Adaptar-se a essas mudanças será fundamental para atrair, engajar e reter a próxima geração de consumidores e trabalhadores.
À medida que a Geração Alpha continua a crescer e a se integrar na sociedade, é essencial que as empresas estejam preparadas para atender às suas necessidades únicas e capitalizar suas habilidades tecnológicas. Com a abordagem correta, essa geração pode se tornar uma força poderosa e inovadora no mercado global.

Fonte: Consumidor Moderno
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 20 de maio de 2024 às 15:30



De acordo com dados da Nuvemshop, com base nas três semanas que antecederam o Dia das Mães de 2024, as pequenas e médias empresas (PMEs) do e-commerce tiveram aumento de 27% no faturamento. Em números absolutos, a companhia contabilizou R$ 241 milhões e 3,7 milhões de itens vendidos.

O Pix foi a forma de pagamento mais utilizada no período 45% de todos, seguido do cartão de crédito (44,5%).

No caso do número de itens comercializados durante a data, a Nuvemshop afirma que houve crescimento de 19% em relação a 2023 (pouco mais de 3 milhões). Entre os três segmentos com o melhor desempenho no faturamento, estão Moda (R$ 61 milhões), Saúde & Beleza (R$ 18 milhões) e Acessórios (cerca de R$ 12 milhões).

Indo ainda mais a fundo no que vendeu mais, a empresa afirma que calças jeans, camisetas e óculos de sol foram os grandes destaques no Dia das Mães.

Já na análise regional, São Paulo (R$ 121 milhões) foi a que mais faturou, seguida de Minas Gerais (R$ 24 milhões), Rio de Janeiro (R$ 18 milhões), Santa Catarina (R$ 17 milhões) e Ceará (R$ 13 milhões).

Fato curioso é que, no que diz respeito aos canais de consumo neste período, a maioria (80%) usou dispositivos móveis, como smartphones. O desktop foi a opção escolhida somente em 20% dos casos.

Fonte: Ecommerce Brasil