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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 12 de julho de 2022 às 10:01


Para a Abicalçados, os resultados indicam uma recuperação do período pré-pandemia.

As vendas de calçados produzidos no Brasil para o exterior atingiram 75 milhões de pares entre janeiro e junho deste ano, gerando US$ 651,6 milhões. Segundo os dados foram divulgados nesta segunda-feira (11) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), houve incremento de 31,3% em volume e de 67,5% em receita no comparativo com o primeiro semestre de 2021.

O Rio Grande do Sul respondeu por 46% do total gerado pelas exportações de calçados, sendo o maior exportador do setor. No primeiro semestre, saíram das fábricas gaúchas 21,67 milhões de pares, que geraram US$ 299,4 milhões, altas de 54,3% em volume e de 79,5% em receita em relação aos primeiros seis meses de 2021.

Pegando os dados apenas de junho, as exportações nacionais somaram 10,7 milhões de pares e US$ 112,9 milhões, altas tanto em volume (+37,6%) quanto em receita (+72,5%) na relação com o mesmo mês do ano passado.

Para o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, os resultados indicam recuperação plena do período pré-pandemia, em 2019. “O semestre situou-se 35,6% e 30,9% acima do mesmo período de 2019, em valor e pares”.

Ferreira ressalta que as exportações estão sendo impulsionadas, principalmente, pelos Estados Unidos e por países vizinhos, caso do Chile. “Os Estados Unidos, o principal destino das exportações de calçados, já dobraram o volume importado. Já no caso do Chile, nossos embarques para lá já aumentaram quase 120% no semestre”.

Os Estados Unidos foi o principal destino dos calçados brasileiros no primeiro semestre, importando 11,94 milhões de pares. As vendas ao país geraram US$ 181,8 milhões, o que representou incremento de 88% em volume e 106,7% em receita na relação com o mesmo período do ano passado.

O segundo destino do calçado exportado foi a Argentina. No semestre, foram embarcados para lá 8,2 milhões de pares por US$ 90,67 milhões, incrementos de 61,2% em volume e 88,3% em receita na relação com o intervalo correspondente de 2021.

No terceiro posto aparece a França. Nos seis meses, os franceses importaram 4,6 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 36,8 milhões, altas de 36,8% e 31,6%, respectivamente, ante o ano passado.

A surpresa da lista de destinos é o Chile, que passou de 9º destino em 2021 para 4º destino no primeiro semestre deste ano. Nos seis meses, foram exportados para lá 1,4 milhão de pares, que geraram US$ 36,8 milhões, incrementos de 99,2% em volume e 119,7% em receita no comparativo com o mesmo período do ano passado.

Fonte: Jornal do Comércio
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 12 de julho de 2022 às 09:57


Projeção era de recuperação em 2022, mas a falta de produtos e a crise econômica esfriaram as perspectivas.

Com a ativação do sinal 5G, iniciada na última semana em Brasília e prevista para outras capitais ainda neste semestre, as vendas de celulares compatíveis com a nova tecnologia devem dobrar, ajudando a salvar o mercado de smartphones, que vem em baixa.

De acordo com dados da consultoria IDC Brasil, foram vendidos 45,8 milhões de aparelhos em 2021, queda de 6,1% ante 2020. Para este ano, a projeção era de recuperação, mas a falta de produtos e a crise econômica esfriaram as perspectivas.

A IDC esperava para este ano uma alta de 4,5% a 5% nas vendas, mas revisou sua expectativa para 0%, com chance até mesmo de uma nova retração, segundo o gerente de pesquisa da IDC, Reinaldo Sakis.

Um dos problemas foi a falta de componentes que vêm da Ásia, onde a pandemia recrudesceu nos primeiros meses do ano, afetando a indústria local e as exportações.
“As varejistas brasileiras faziam pedidos, mas as fabricantes não estavam entregando”.

A situação está mais normalizada agora, mas a crise econômica atrapalhou os negócios no Brasil, tanto para quem vende os celulares, quanto para quem compra.
As varejistas reduziram o tamanho dos estoques para preservar o caixa. Já os consumidores foram afetados pela inflação e pela subida dos juros.  “O bolso do brasileiro está mais comprometido”.

Essa situação, somada ao preço dos smartphones, que vem que inibiu as vendas. Em 2021, o valor médio dos aparelhos vendidos foi de R$ 1.845, aumento de 19,5% ante 2020. No começo deste ano, atingiu o patamar de R$ 2.230, uma escalada de 21%, segundo a IDC.

O aumento no preço é explicado pela disparada nos custos dos componentes e também dos fretes, além da estratégia dos fabricantes em concentrar os lançamentos em produtos apresentados como “premium” (com tela maior, memória expandida, câmera de maior resolução e outros recursos).

Tendência de alta

Mesmo nesse contexto difícil, os smartphones com 5G estão se destacando. O consultor da IDC afirma que os celulares de alto padrão têm mantido níveis elevados de vendas.

“O que está caindo são os produtos de entrada e de menor valor, que se compra nas Casas Bahia. As vendas dos aparelhos de R$ 4 mil pra cima estão crescendo quase três dígitos. A população de maior poder aquisitivo, menos impactada economicamente pela crise, continua comprando celular”.

A ativação do 5G nas capitais será um estímulo extra para movimentar o mercado, podendo atrair de volta às compras pessoas que são entusiastas de novas tecnologias e também as que vinham postergando a troca do aparelho.

Os smartphones compatíveis com a nova geração de internet devem responder por 25% das vendas no fim de 2022, contra 10% no fim de 2021, segundo Sakis.

“Até o fim do ano, vai ter mais produtos 5G sendo vendidos, maior variedade no portfólio e mais lançamentos de produtos intermediários e até de entrada, então o preço médio neste segmento vai cair”, diz o analista da IDC.
Até o fim de 2021, o preço médio dos aparelhos 5G ficava em torno de R$ 5 mil, valor que caiu para R$ 3,9 mil no começo deste ano.

Atualmente, existem no Brasil 67 modelos de celulares capazes de rodar o 5G homologados pela Anatel. As líderes em variedade de portfólio são a Samsung (com 25 modelos), seguida de Motorola (14), Apple (9) e Xiaomi (6). Os preços partem de aproximadamente R$ 1,5 mil.

Fonte: Infomoney