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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 15 de agosto de 2017 às 20:46
É possível acompanhar uma mudança drástica no perfil do consumidor atual e isso se deve muito a dois grandes fatores: primeiro a grave crise econômica que começou em 2015 e se estende até os dias atuais, e segundo a transformação digital pela qual passamos.

O que podemos perceber nesse momento é que a tradicional publicidade não atende mais o consumidor, que cada vez mais antenado, passou a se incomodar com as ligações indesejadas de call centers e não quer mais ser interrompido por propagandas enquanto assiste a um filme ou série. Muito dessa transformação, deve-se ao advento de novas tecnologias, que nascem e impactam o dia a dia das pessoas a todo momento.

Além de se tornar mais crítico, pois ao mesmo tempo que procura pelos melhores preços também anseia por novas experiências, o consumidor brasileiro tem utilizado diversos canais disponíveis para se informar, em meio a um universo que proporciona indicações de experiências de outros usuários, facilitando a aquisição de qualquer produto ou serviço que ele tenha interesse. Uma pesquisa recente da Ivelocity, empresa norte-americana especializada em marketing on-line, mostra que mais de 90% das pessoas preferem uma recomendação boca a boca de uma fonte de confiança, do que de campanhas pagas.

Esse é o efeito do marketing de influência, que tem ganhado cada vez mais força principalmente pelos influenciadores digitais, que mostraram a relevância que podem dar a uma marca.

Vale destacar também, que para usar essa ferramenta é preciso cautela, pois diferente de uma ação publicitária, o influenciador vai indicar apenas aquilo que conhece e confia. O marketing de influência pode trazer bons resultados para a marca, desde que utilizado de forma estratégica e premeditada.

Para finalizar, acredito que diante do novo comportamento de consumo, o marketing de influência, mais do que gerar awareness e branding, pode ser uma ferramenta de conversão de vendas em tempos de crise, como o que vivemos hoje.

Aliar sua marca a pequenos influenciadores, pode ser a estratégia que falta para sua empresa alavancar a área comercial e se tornar reconhecida no mercado. E aí está esperando o que para investir no marketing de influência?

Fonte: DCI
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 01 de agosto de 2017 às 15:22
Como o design pode fazer a diferença para um setor inteiro da economia e ajudar a acelerar ciclos de inovação e gerar empregos? No Brasil, já há casos de sucesso de aplicação da abordagem do Design Estratégico com essa finalidade. Um bom exemplo é o projeto Design Lab Birigui, no interior do Estado de São Paulo.


“O design estratégico permite um melhor entendimento das oportunidades de mercado e dos desafios de inovação locais. A abordagem possibilita gerar soluções mais afinadas com os desejos dos consumidores, conectando todas as pontas da cadeia de valor do negócio”, explica Fabiano Pereira, diretor de novos negócios do IED Brasil.


Vamos ao contexto. O setor calçadista totalizou quase um bilhão de dólares em exportações no ano passado. O parque calçadista brasileiro, formado por 7,7 mil empresas, gera 300 mil postos diretos de trabalho, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Só na cidade de Birigui emprega diretamente 19 mil pessoas, o que representa 60% dos postos de trabalho do município.


Mesmo com as adversidades geradas com a crise dos últimos anos no país, o setor calçadista de Birigui decidiu apostar em design e inovação para diferenciar a percepção de valor de seus produtos. A proposta partiu do incentivo a uma mudança de atitude, por meio de agentes locais de transformação, profissionais decisivos na comunidade calçadista do município, lhes oferecendo um conjunto de novas competências e ferramentas estratégicas e criativas para a melhoria dos modelos de negócios locais.


A ideia era que esses multiplicadores fomentassem, de forma prática, um novo mindset, local centrado em modelos de inovação orientados pelo design, nas 350 empresas do arranjo produtivo local.


Desafio lançado, o Instituto Europeu de Design desenhou um projeto fundamentado em três fases. A primeira baseou-se no desenvolvimento e aplicação de um curso de Design Estratégico, focado nas demandas do setor e especialmente da região, oferecido a trinta e duas lideranças.


Na sequência, o IED coordenou o desenvolvimento de um Laboratório de Inovação, para alavancar o processo da criação e prototipagem de novos produtos, com destaque para o uso de impressão 3D de última geração. O resultado foi a aceleração considerável do ciclo de finalização dos produtos de uma coleção, reduzido de 90 dias para poucas horas.


Na etapa final, os multiplicadores, munidos de um guia referencial como apoio didático, replicaram o conteúdo aprendido nas empresas da região para outros profissionais, ampliando o alcance do projeto. “Se compararmos a visão desses profissionais no início do treinamento e agora, é possível perceber uma grande ampliação na forma de encarar os desafios do negócio e propor soluções”, afirma Antenor Marques da Silva Filho, diretor-executivo do SINBI.


O projeto de Birigui contou com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo e da UniSinbi, braço educacional do Sindicato das Indústrias de Calçado e Vestuário de Birigui (Sinbi).


O Instituto Europeu de Design se envolve com o ecossistema de negócios de segmentos da economia nos quais o design pode fazer a diferença. No caso do setor calçadista, além da consultoria e desenvolvimento de projetos sob medida, o IED é pioneiro em cursos para a formação de lideranças criativas, a exemplo do curso internacional Shoes & Bags – Design and Business, com duração de um ano.


A faculdade participa de vários eventos, concursos e iniciativas de valorização deste importante setor da economia nacional. Por exemplo, promove conteúdos durante a Francal, maior feira de Moda, Design, Calçados e Acessórios do país e apoia o Prêmio Francal Top de Estilismo para jovens designers.


Fonte: HBRB