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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 12 de julho de 2022 às 09:50


Para a relação evoluir e prosperar, é necessário que exista o match entre a proposta do negócio e a expectativa do investidor, além da análise de combinação de riscos.

O modelo de negócios baseado em franquias apresenta um espetáculo de relacionamentos, no qual os protagonistas são a franqueadora e os franqueados. Como coadjuvantes, temos os fornecedores e os afiliados, enquanto o teatro pode ser representado pelos empreendimentos, tendo como centro da trama o cliente.

Tudo gira em torno de gente. E, para a relação evoluir e prosperar, é necessário que exista o match entre a proposta do negócio e a expectativa do investidor, além da análise de combinação de riscos. Parece simples, mas poucos realizam essa comunicação com propriedade, pois vai muito além do envio de uma Circular de Oferta de Franquias (COF).

O processo demanda autoconhecimento de cada parte e precisa se iniciar com o compartilhamento claro dos aspectos qualitativos e quantitativos do negócio, por meio de boas conversas. Essa é uma importante prática, e um bom primeiro passo para um crescimento saudável.

A segunda prática está ligada à expertise da franqueadora, aplicada à tríade comercial: seleção do franqueado; avaliação do ponto de venda; e negociação do custo total de ocupação. Um processo seletivo de franqueados de nada vale, se não houver clareza dos perfis que a rede comporta. A competência dos franqueados é tão relevante quanto a da franqueadora.

Avaliar um ponto comercial, seja uma loja, seja um quiosque, consiste, sobretudo, em projetar a venda e prever os impactos de imagem. Para isso, é necessário observar dezenas de indicadores, tais como: acessibilidade, visibilidade, vizinhança, fluxo, potencial de consumo e demografia. Cada um com seu devido peso, relacionado ao seu segmento e formato.

Com a receita estimada, restará resolver, ou melhor, negociar o “x” da equação de viabilidade, que é o custo total de ocupação (CTO), que deverá resultar em valor satisfatório para a franquia e para o empreendimento ou proprietário. Se os limites das partes não se interseccionarem, será prudente declinar ou postergar para outro momento mais oportuno. Literalmente, abrir a qualquer custo é uma ameaça para a vida da unidade.

Por fim, uma terceira prática é ter uma política de preferência de franqueados para a abertura de novos pontos, que previna problemas e vislumbre uma parceria de longo prazo.

Gosto da visão dos três gês: geografia, gestão e grana, que pondera a proximidade física do dono em relação aos seus negócios e à sua residência, a capacidade de gestão nos aspectos operacionais e a consideração do capital disponível para o investimento inicial, sem a necessidade de endividamento.

Some a essas três práticas um plano de mídia inteligente, que traga leads qualificados, e uma estrutura que favoreça a colaboração e conte com pessoas talentosas. Dessa forma, certamente, você estará diante de uma alta probabilidade de sua rede de franquias experimentar um boom sustentável de expansão.

Num cenário mundial de crises sobrepostas, o time da franqueadora e os empresários de franquias investem dor e amor. Dor, que implora resiliência e esforços diante da imprevisibilidade e do caos que insiste em nos desafiar. E amor, que aparece na gana por servir, gostar de pessoas, curtir a marca e, a cada dia, experimentar a doce arte de inventar alegria.

Fonte: Novarejo
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 28 de junho de 2022 às 10:13


Mascotes e personagens como Lu do Magalu e Tortuguita estão virando a cara das marcas nas redes sociais – e o sucesso é gigante.

Seriam os influenciadores virtuais o caminho para um novo tipo de engajamento? Vejamos, a Páscoa de 2022 teve um balanço positivo para a empresa de chocolate Arcor. Em relação ao ano anterior, a marca faturou 18% a mais. Ela explica que a maior contribuição para o resultado veio da sua campanha de comunicação feita pelo TikTok, que utiliza a Tortuguita como garota-propaganda. A influenciadora virtual da Arcor tem um canal na rede social, que hoje já conta com 249 mil seguidores e mais de 1.2 milhão de curtidas.

Com sua estreia no TikTok em 2021, a Tortuguita entra para o time dos influenciadores virtuais que andam movimentando a internet, como a Nat, da Natura, o Lek Trek, da Sadia, o CB, das Casas Bahia, e a Lu do Magalu (Magazine Luiza). Esta última, inclusive, foi eleito o avatar de marca mais seguido do mundo pelo levantamento The Most-Followed Virtual Influencers of 2022, feito pelo site Virtual Humans.

Influenciadores virtuais como embaixadores das marcas

O uso de personagens como embaixadores das marcas não é uma estratégia nova – o Lek Trek (Sadia), por exemplo, foi criado em 1971 – mas passa agora por uma nova “era de ouro”. Graças à cultura digital e ao engajamento que geram nas redes, deixaram de ser meras animações e se tornaram verdadeiros influencers, capazes de criar números expressivos baseados em uma personalidade cada vez mais bem construída.Por que curtimos influenciadores virtuais?

Eles usam e contam as vantagens dos produtos da marca, participam de desafios, estão engajados nas tendências e debates do momento, dão dicas diversas e mais. Os influenciadores virtuais de hoje se comportam como pessoas reais, com a vantagem de terem seus passos milimetricamente controlados e planejados pela empresa que representam.

“Uma das maiores vantagens é que o personagem virtual gera uma curiosidade no público e cria uma identificação inicial por não se parecer com um robô convencional. Além disso, como os recursos para esse tipo de criação ainda estão restritos a poucas marcas, o público admira a qualidade, os traços de personalidade e acompanha para entender como será feita a interação”, explica o jornalista e especialista em mídias sociais, Marcelo Bueno.

Essa personificação é a chave do sucesso desses avatares, que conseguem abrir uma nova porta na relação com os consumidores. Exemplo disso é o sucesso dos vídeos da Natura com a Nat, no TikTok: quando a influencer aparece, as visualizações batem fácil a casa dos milhões, com números muitas vezes maiores do que os registrados quando celebridades reais participam.

Marcelo Bueno comenta que personagens virtuais com características físicas e personalidades parecidas com os humanos geram mais engajamento. “Há muito tempo nos perguntamos se os humanos poderiam criar vínculos com as figuras dos robôs. Talvez o início desta resposta esteja no interesse de milhões de seguidores de acompanhar o dia a dia de um personagem virtual”.

Tão complexos e únicos como seres humanos podem ser, os influencers digitais exigem, portanto, um acompanhamento criterioso e constante sobre suas “vidas”. Em alguns casos, se tornam eles próprios a celebridade.


Lu do Magalu, case de sucesso entre influenciadores digitais

Com quase 31.2 milhões de seguidores ao somar todas as redes sociais, a Lu do Magalu frequentemente vira exemplo de sucesso entre os influenciadores virtuais. Criada em 2003, hoje ela é a cara e a porta-voz da Magazine Luiza em seus diversos canais e plataformas.

O gerente sênior de redes sociais do Magalu, Pedro Alvim, acredita que a relevância da Lu do Magalu foi construída por meio de uma boa estratégia. “Sempre digo que não basta apenas criar um avatar ou personagem para ter um influenciador. Existe a preocupação com a narrativa consistente e materialização dos valores e posicionamentos da marca. A coragem para liderar conversas importantes na sociedade e a evolução constante também foram fundamentais para a construção da comunidade de relevância da Lu”.


A Lu, da Magalu é o avatar de marca mais seguido do mundo

Além disso, para ele, a autenticidade da Lu do Magalu ajudou a construir empatia emocional com o público. “Ela é autêntica inclusive na consciência de que é virtual. Brincar com isso nas narrativas, tentando mimetizar a realidade humana, ajudou a construir uma identificação com que a acompanha”.

O especialista em mídias sociais, Marcelo Bueno, também cita a avatar da Magazine Luiza como case a ser estudado, em especial no YouTube e TikTok, redes mais desafiadoras por dependerem de atualização constante e em vídeo. No entanto, ele ressalta que, mesmo diante do êxito consolidado, a empresa ainda busca equilibrar a comunicação dividindo o espaço com influenciadores reais, artistas e a própria fundadora da empresa.

“O que precisa ser evitado é o exagero. Emoções e causas 100% humanas podem não ser bem vistas quando simuladas por um personagem virtual”, complementa o jornalista.


Até quando vai a tendência dos influencers virtuais?

A presença dos influenciadores virtuais nas redes baseadas em vídeos, em especial o TikTok, demonstra uma tentativa de aproximação com o público mais jovem.

Enquanto alguns personagens são resgatados do passado em versões mais descoladas, como a Tortuguita e o Lek Trek, outros são construídos levando em consideração a geração Z. É o caso das Casas Bahia, que aposentou o mascote Baianinho, substituindo-o pelo CB, adolescente tiktoker e gamer.

Apesar disso, para o especialista Marcelo Bueno, a adoção de influenciadores virtuais não é uma tendência que deve passar em breve nem que fica restrita às gerações mais novas, merecendo, portanto, uma atenção das marcas. É preciso ter em vista principalmente o metaverso, que já traz influências para as empresas e consumidores.

“A evolução tecnológica tornou os personagens virtuais muito mais parecidos com humanos e isso quebra um pouco o estranhamento de se comunicar com alguém com a aparência de um robô. A tendência da criação de um universo virtual onde todos teremos o nosso próprio avatar com certeza colabora para que as barreiras entre o físico e virtual fiquem ainda menores”.

Neste cenário, a humanização e o vínculo emocional permanecem elementares. “Por isso, valores, personalidade, tom de voz, entre outros, devem ser considerados para uma marca mais humanizada. “Se a empresa ainda não consegue investir na criação e manutenção de um personagem virtual, por conta dos custos, deve aproveitar esses elementos que geram vínculos profundos com o público de outra maneira”, dá a dica o especialista.

Fonte: Consumidor Moderno