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Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 08 de novembro de 2017 às 18:45
Semana passada estive em Nova York participando de um evento sobre inovação, o Fast Company Innovation Festival, realizado pela Fast Company, uma das revistas de negócios mais respeitadas do mundo.

Empresas como Microsoft, Google, BuzzFeed, Instagram, Foursquare e por aí vai marcaram presença no evento, seja em palestras ou mesmo abrindo as portas de suas empresas para mostrar como elas constróem inovação.

A partir dessas experiências, aprendi algumas lições que podem ajudar as empresas a liderarem seus processos de inovação.

1. Ser ágil não é mais uma uma opção. Palavras do CEO do Walmart: “nossa meta é agir tão rápido quanto os pequenos varejos”. Entendeu isso? Os caras são gigantes e querem pensar e agir como os pequenos!

2. Mate agora o seu EGO. Se você ainda não descobriu que os resultados são melhores quando feitos pelo coletivo, já passou da hora.

3. Ninguém sabe tudo. O CMO e GM da Microsoft disse: “todos ainda estão descobrindo o que é a tal transformação digital”. Não tenho como complementar. É isso.

4. Acima de tudo, ouça o seu consumidor. Essa você já deve ter ouvido centenas de milhares de vezes. Já colocou em prática?

5. Não existe verdade absoluta. “Nós estamos debatendo sobre Realidade Virtual aqui, mas a verdade é que não sabemos como vai ser em 10 anos. Nossos netos ou filhos podem mudar tudo o que fizemos até agora. Nós construímos algumas tendências, mas eles irão decidir se querem seguir ou não”, disse um futurista. Confesso que isso está me fazendo pensar até agora…

6. Empresas de sucesso de hoje tem pessoas diferentes, culturas diferentes e ZERO preconceito. Não é modismo. É que um grupo que pensa igual, consome igual, se veste igual, fala igual não consegue desenvolver uma estratégia ou produto inovadores. Pessoas de núcleos diferentes pensam diferente, pois se baseiam em realidades diferentes.

Tudo é cultura

Sabe quem está se dando bem? Aqueles que conseguem seguir os aprendizados que listei. Trabalhei durante um tempo em uma startup do mercado de recrutamento especializado – headhunters e tudo mais. A frase que eu mais ouvia era: “é muito difícil encontrar e reter talentos”.

Mas isso não é obvio? Se você recrutar através do modelo tradicional o “novo profissional” não vai mais se interessar. Se você oferecer as burocracias e chatices do modelo tradicional ele também não vai querer ficar. O mundo mudou!

Imagine uma empresa que consegue se movimentar rápido, onde todos se respeitam e aprendem uns com os outros; que cria soluções a partir de necessidades de mercado; que trabalha na ótica de hipótese e validação e que tem cabeças que pensam diferente. Essa empresa está pautada nos itens que listei acima. Só para lembrar que essas não são minhas verdades, são aprendizados de cinco dias intensos de conteúdo feitos pelos protagonistas do empreendedorismo mundial.

E você sabe como ela está sendo chamada? STARTUP.

Evidentemente que não existe empresa perfeita, mas as startups seguem um modelo bem diferente de gestão e criação e muitas têm mostrado resultado e crescem, como Netflix, Nubank, Spotify, para ficar nas mais conhecidas.

O Spotify, por exemplo, criou um método de trabalho que ninguém tinha feito. Eles criaram um modelo de Squads (esquadrões), em que um grupo de pessoas de áreas diferentes trabalham em missões, sempre com um líder para comandar a tropa. Você pode comprovar se deu certo ou não olhando a sua fatura do cartão todo mês. Pelo menos na minha e na de mais de 60 milhões de pessoas que assinam o serviço.

A 3M criou um projeto de intraempreendedorismo que incentiva seus funcionários a criarem novos produtos e a venderem internamente. O produto de maior sucesso era produzido. Sabe o “produtinho” que saiu daí? O Post-it.

Esses exemplos mostram que a velha economia está ficando para trás. Os formatos atuais e tradicionais estão sendo questionados e, hoje, vence aqueles que são mais ágeis em perceber oportunidades onde muitos veem problemas e não mais aqueles com musculatura econômica. A qual grupo você quer pertencer?

Fonte: Novarejo
Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 08 de novembro de 2017 às 18:31
No mundo digital, todos querem ser o próximo Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook. No Brasil, muita gente tenta emular um "Vale do Silício", na ânsia de querer inovar. Aí cabe a pergunta: somos inovadores? "Não. Ser inovador não é nossa essência, mas somos criativos. Vivemos a troca de presidente por 20 vezes e seguimos criativos. É preciso canalizar toda essa criatividade para empreender", afirma Bob Wollheim, head de digital do Grupo ABC.

Durante sua palestra na Maratona Valor PME 2017, ele lembrou que há uma radical diferença entre ser inovativo e criativo. Os brasileiros precisam investir mais em métodos, processos, sistemas e aprendizados. E aproveitar seu jeito "easy going" (de fácil relacionamento com os outros) como vantagem competitiva.

Embora a internet seja desafiadora e bastante competitiva, seu ambiente é altamente propício ao empreendedorismo. O mundo digital, defende Wollheim, deveria ser observado com atenção por todos os empreendedores, incluindo os pequenos. "Uma enorme parte dos empreendedores que deram certo resolveram coisas simples que eles enfrentavam".

Para conseguir esse insight, Wollheim sugere que os empreendedores estudem a internet, os projetos hoje oferecidos e, principalmente, tenham seus momentos off-line. Ele recomenda um desligamento temporário do que é falado e mostrado na televisão, nas revistas e até mesmo na internet para fugir da negatividade e do pessimismo da crise. "Não sou um otimista do tipo Pollyanna iludida. Mas como a maioria dos empreendedores disruptivos é preciso ser otimista."

Fonte: Valor Econômico