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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 02 de abril de 2024 às 11:25


Brahma, Johnson's, McDonald’s, Nubank, OMO, Salon Line, Samsung, Volkswagen são as marcas destacadas na edição.

A criatividade é um elemento essencial para conquistar a atenção dos consumidores. Nesse sentido, o Spotify, plataforma de streaming de áudio, revelou hoje as marcas e agências que se destacaram em 2023 pela excelência de suas campanhas publicitárias. A segunda edição do Spotify Advertising Hits premiou os melhores exemplos de criatividade, estratégia e eficiência na plataforma.

“Anunciantes, agências e criadores aproveitam o conteúdo digital para criar experiências que vão além da tela. Spotify é uma plataforma para a criatividade na qual as marcas podem alcançar públicos profundamente engajados de maneiras novas e emocionantes, cercadas por criadores de músicas e podcasts que definem a cultura. O poder do áudio não tem fronteiras e é o melhor caminho para a inovação criativa; é exatamente o que fizeram as marcas reconhecidas”, afirma Vicente Carrari, Diretor de Vendas no Spotify no Brasil.

Essa iniciativa não apenas celebra o talento e a inovação das marcas e agências, mas também oferece inspiração para futuras campanhas. “A iniciativa demonstra como nossa plataforma abriga criatividade e a melhor publicidade digital da categoria seja para aumentar o awareness, alcançar novos clientes ou gerar mais vendas. Oferecemos diversas experiências de anúncio on e off plataforma para as marcas aproveitarem o poder do áudio ao máximo”, completa Priscilla Barsotti, Diretora de Vendas no Spotify no Brasil.

Confira as campanhas que são destaque na segunda edição do Spotify Advertising Hits:

Categoria: TOP HIT – Campanha
Campanha: OMO Vibes (para Unilever/OMO, por Initiative)


A campanha OMO Vibes integrou a nova linha de sabão líquido inspirada em gêneros musicais populares no Brasil – criados especialmente para a ação – com a experiência do usuário no Spotify e se aproveitou do fato de que ouvir música é uma atividade para qualquer momento do dia, incluindo lavar roupa. A Unilever criou uma campanha inédita que chamou a atenção dos usuários da plataforma e alavancou diversas métricas para a marca OMO no Spotify.


Categoria: FEAT – Campanha com utilização de música
Campanha: Blackinho Poderoso (para Johnson’s por Initiative e Suno)


Para o lançamento da linha Kenvue, de shampoos infantis voltados para crianças com cabelos crespos, a Johnson’s apostou em uma canção voltada para a família cantar junto, uma forma de transmitir sua mensagem de forma eficaz e divertida. Blackinho Poderoso deixa claro o propósito do produto ao mesmo tempo em que traz uma mensagem de empoderamento e diversão para as crianças.


Categoria: AO VIVO – Ativação ao vivo

Campanha: Creme é Salon Line! (para/por Salon Line)

Salon Line foi uma das marcas que marcaram presença na Experiência creme, que o Spotify realizou no ano passado, e sua ativação no evento, aliada a uma campanha de divulgação com diversos formatos e conteúdo pós-evento, fez com que a marca fosse reconhecida na categoria AO VIVO. Salon Line não apenas aproveitou o fato de que o nome do evento – e da playlist que deu origem a ele – é literalmente o nome do seu principal produto, mas também a alta afinidade que os gêneros celebrados por creme (trap e funk) têm com o seu público-alvo.


Categoria: WIN-FLUENCER – Campanha com creators
Campanha: Brahma feat. Sertanejo (para Brahma, por Soko & Diverti)eBora render Ipimax (para Ipiranga, por Mutato & i-Cherry)
Brahma criou uma experiência única e personalizada para evidenciar que todo mundo tem um pouco de sertanejo na própria história – e em suas playlists -, utilizando spots gravados por artistas nacionais de diferentes gêneros. Já Ipiranga trouxe uma experiência musical para o Spotify para divulgar o conceito Bora Render do combustível Ipimax, utilizando uma nova versão de um dos grandes hits do sertanejo do ano passado.


Categoria: PULSO – Campanha relacionada a momento cultural
Campanha: Attenzione Pickpocket (para/por Nubank)

De olho no fenômeno attenzione pickpocket que viralizou no ano passado, a Nubank entendeu que seria o momento perfeito para alertar seus clientes sobre golpes que eles podem sofrer em suas contas, da mesma maneira que o meme mostrava pessoas sendo alertadas de ladrões que roubavam seus pertences nas ruas de Veneza. O áudio da campanha foi produzido em apenas 48 horas e aproveitou o imediatismo que o formato oferece para impactar a geração Z.


Categoria: NA GRADE – Estratégia de audiência
Campanha: Big Mac. Pra todo mundo. (para McDonald’s, por Galeria)

A campanha do McDonald’s teve como objetivo gerar awareness entre a geração Z para o Big Mac com o lançamento de duas novas versões do produto. Como parte de uma campanha multi formato, foram criados spots com a reinterpretação do clássico jingle do produto em gêneros diferentes: funk, pop, trap e sertanejo  veiculados para suas respectivas audiências no Spotify.


Categoria: NOVO BEAT – Estratégia de marca mais inovadora
Campanha: OMO Vibes (para Unilever – OMO, por Initiative & Dark Kitchen)

A Unilever utilizou o mix de formatos oferecidos pelo Spotify com peças segmentadas para momentos diferentes para engajar os consumidores, convidando-os a experimentar algo inédito: cinco versões de OMO – cada uma atrelada a um gênero musical distinto. As peças da campanha, associadas às diferentes versões, eram ricamente ilustradas e cheias de cor, assim como as embalagens do produto, trazendo OMO para mais próximo de uma audiência jovem.


Categoria: SHUFFLE – Campanha multi formato
Campanha: Vou de Volks – The Town (para Volkswagen, por ALMAPBBDO)

Para comemorar a chegada da primeira edição do festival The Town, a Volkswagen, patrocinadora do evento, tomou conta do Spotify com uma campanha que celebra a marca que melhor utilizou os diferentes formatos que o Spotify oferece. A campanha incluiu experiência digital, áudios, display, vídeo, patrocínio de playlists e podcast, contribuindo para a amplificação do conceito criativo Vou de Volks e gerando grandes resultados para a marca.


Categoria: AULAS – Uso de formato em uma campanha
Campanha: Juntos Jontex  (para Jontex, por BETC Havas / Agência 947)

Utilizando o benefício que a Sessão Patrocinada oferece aos usuários – 30 minutos de música sem interrupções oferecidos pela marca patrocinadora-, a Jontex encontrou o espaço ideal para falar de maneira criativa sobre como o seu principal produto permite que casais curtam momentos de prazer intensamente sem interrupções.

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 02 de abril de 2024 às 11:23


“Não está simples explicar o quadro atual de desempenho no varejo – considerando notícias econômicas que o governo divulga, aparentemente positivas -, os resultados negativos de algumas empresas do setor enquanto outras apresentam excelente performance.

Na essência de tudo está a natural diversidade de comportamento entre segmento, setores, canais, categorias, os dados macroeconômicos e sua interpretação e a sempre presente análise do copo meio cheio e meio vazio ou, se preferirem, uma coisa é uma coisa e outras coisa é outra coisa.”

Existe uma melhoria da renda real da população e da massa salarial como resultado do processo de retomada pós pandemia. Mas essa realidade é diversa regionalmente e com uma forte recomposição estrutural do emprego.

Os dados publicados na semana passada indicam uma redução do desemprego, que está em 7,8%, depois de ter atingido 14,8% no pico durante a pandemia.

Mas não deve ser esquecido que os critérios de apuração desse índice definem desemprego pela lógica de quem não está procurando emprego.

Se uma pessoa recebe o Auxílio Brasil e se acomoda e não procura emprego, situação que envolve parte de pouco mais de 21 milhões de beneficiados, não faz parte do contingente de desempregados. E vale a cautela na análise, pois só em 2023 cerca de 2 milhões de famílias passaram a receber adicionalmente o auxílio.

Portanto, pessoas que não estão procurando emprego derrubam o desemprego, quer porque estejam empregadas de forma convencional ou, alternativamente, porque se tornaram microempreendedores individuais.

Os MEIs já somam quase 15 milhões no País e tiveram um crescimento de quase 50% nos últimos 5 anos, como parte desse processo de reconfiguração estrutural do emprego que é fenômeno global e local.

Mas é fato que a massa salarial atual de R$ 307,2 bilhões, e em crescimento, é a maior dos últimos anos e teve uma evolução real, descontada a elevada inflação do período – de 17,5% – em relação há 10 anos, ou seja, ao início de 2014.

Se somada aos R$ 13,5 bilhões do renovado Bolsa Família, a renda disponível chega a R$ 320,7 bilhões, número nunca alcançado anteriormente.

Igualmente deve ser lembrada a queda do nível de inflação, em especial a de alimentos, aquela que é mais sensível no comportamento e nas expectativas dos consumidores, em particular, na baixa renda, tanto na alimentação no domicílio como fora de casa.

Esses dados indicariam um potencial de consumo no varejo em patamares jamais alcançados e deveriam fazer com que o desempenho do setor fosse muito melhor. Só que não.

Conspiram para reduzir esse desempenho alguns fatores que não devem ser esquecidos.

Em primeiro lugar, 26,7% da renda das famílias estão comprometidos com pagamento de crédito e dívidas contraídas, inclusive, no financiamento habitacional. Um pouco inferior aos quase 28% no pico recente desse número durante a pandemia, seu ponto mais alto.

O endividamento das famílias em relação à massa salarial na média móvel dos últimos 12 meses é de 47,96%, também um pouco inferior ao pico do início de 2022, no período crítico da pandemia, quando foi de 49,66%, ou seja, apenas uma leve redução.

As taxas de juros praticadas nas vendas no varejo também representam fator de cautela e preocupação inibindo novas compras.

Como resultado desses e de outros fatores, a confiança do consumidor, no mês de março, foi de 91,3, ainda em recuperação dos menores patamares durante a pandemia, mas muito abaixo dos melhores indicadores do passado.

Na prática, os consumidores estão melhorando seus rendimentos ou por emprego formal, atividade empreendedora no reconfigurado quadro das relações trabalhistas ou por conta do auxílio governamental, mas estão ainda pressionados pelas dívidas e compromissos antes assumidos e com a confiança reduzida para sacar sobre o futuro.

E isso se reflete no desempenho flutuante do consumo e do varejo no País.

Não pode ser esquecido que existe uma drenagem sistemática de renda direcionada para compras nas plataformas internacionais, beneficiadas pela inaceitável isenção dos impostos de importação, sem falar no enorme crescimento das apostas esportivas que também drenam recursos do consumo interno.

Por conta disso, muitos segmentos do varejo estão com desempenho baixo, como moda, confecções, eletrônicos, material de construção e até mesmo alimentos, enquanto uns poucos, como saúde, medicamentos e cuidados pessoais, apresentam melhores resultados, assim como alimentação nas alternativas de varejo orientado para valor, como os atacarejos.

Tudo com uma distribuição geográfica desigual, dependendo da vitalidade econômica local, beneficiando regiões com predominância da atividade agro e serviços enquanto outras têm maior dificuldade quando prevalece a industrial.

Se pensarmos na lógica do curto e médio prazo, é possível considerar que tendemos a um período de melhoria mais ampla do consumo, pela conjugação dos fatores positivos, e que poderá ser maior com redução das taxas de juros, do endividamento e continuidade do aumento do emprego e da renda real, que já parecem contratados.

Mas se formos realistas e olharmos a mais longo prazo, existem desafios brutais para potencializar os recursos naturais e humanos que dispomos e promover uma transformação estrutural maior como a nação merece.

E isso é muito mais do que olhar o copo meio cheio ou meio vazio. É uma questão de consciência e atitude. Em especial do setor empresarial.

Fonte: Mercado & Consumo