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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 04 de janeiro de 2022 às 16:16


Goste você ou não, a primeira semana do ano está aqui e em homenagem a isso, resolvemos fazer uma perspectiva do que está por vir nas próximas 51 semanas ao longo do ano.

1) Pandemia se torna endemia

Se ano ano passado vimos que a COVID-19 não quer ir embora, esse é o ano em que precisaremos aprender a conviver com ela de vez.
Além da Ômicron ser menos letal, as vacinas já estão amplamente disponíveis por aqui e há um terceiro elemento ainda mais chave: os tratamentos antivirais em comprimidos.
* Nos testes clínicos, a pílula da Pfizer foi 89% eficaz na prevenção da hospitalização pela doença.
Se tudo der certo, esses três elementos combinados transformarão o coronavírus em uma endemia, quando a população convive normalmente com a doença. Ao menos depois dessa onda de casos esperada pós-revéillon.


2) Um ano ainda mais extremo

Se o último ano já estava com os extremos acalourados, acredite: vai piorar. De janeiro até outubro, é bem provável que você perca alguns amigos por questões políticas, não pense que estamos estimulando isso.
Com uma terceira via cada vez mais distante e um segundo turno ultra provável entre dois opostos, Bolsonaro e Lula, há quem diga que o ano de comemoração dos 200 anos da Independência do país vai trazer saudades da época de Dom Pedro.


3) Isso vai ficar ainda mais intenso

Metaverso, criptomoedas e viagens ao espaço. Tudo isso que você ouviu falar no ano passado, promete se tornar parte de sua vida em 2022. O principal motivo? A aposta de grandes marcas e personalidades importantes.
Crypto: PayPal e MasterCard foram as pioneiras nas transações e o uso de moedas virtuais no ano passado. O ano já começa com mais de 100 bilhões de dólares comprometidos em contratos vinculados a moedas virtuais.
Metaverso: Mais de 1 milhão de pessoas utilizaram o Oculus — óculos de realidade aumentada do Facebook — no dia do Natal, um recorde absoluto. O aplicativo foi o mais baixado na semana.
* Pelo menos 20% dos funcionários de uma das maiores empresas do mundo — aproximadamente 10 mil pessoas — estão trabalhando para criar um mundo virtual. Microsoft, Ray-Ban, Adidas, Nike e outras grandes marcas já se renderam… Espere muitas outras nos próximos meses.

Espaço:
(1) A SpaceX testará um foguete capaz de transportar até 100 toneladas de carga para o espaço. Isso mudará o jogo…
(2) NASA, Índia, Japão, Rússia e Coréia do Sul estão trabalhando em missões para mandar o homem de novo à lua.
(3) A China deve lançar sua primeira missão solar ainda esse mês. Será um ano divertido para os fãs do espaço.


4) O ano do Qatar

Nada como ano de Copa do Mundo. Expectativas já foram criadas para o Hexa e o Brasil entra em campo no mês de setembro.
* Se você se perguntou porque a Copa não será em Julho como sempre, a resposta está no clima. É impossível jogar futebol no verão de um deserto. risos.

Curiosidades:
(1) Itália ou Cristiano Ronaldo ficarão de fora, já que as duas seleções caíram na mesma chave da repescagem das Eliminatórias e
(2) o país sede vem enfrentando duras críticas relacionadas aos direitos humanos.


5) Sua pipoca vai ficar mais saborosa

Prepare os finais de semana — ou madrugadas — pois o ano promete. Além da série do Menino Ney, a Netflix já confirmou o lançamento de novas temporadas de Stranger Things, Bridgerton, The Crown.
Já a HBO vai tentar abocanhar mais um pouco da atenção dos fãs de GOT com House of Dragons, um spin-off da série que tomava conta dos seus domingos, e a grande aposta do Amazon Prime Video será o Senhor dos Anéis. Haja pipoca.

Fonte: The News CC
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 04 de janeiro de 2022 às 16:09


Atualmente, entre os dez maiores ocupantes de condomínios logísticos, três são de e-commerce.

O crescimento das vendas por internet foi apenas uma das muitas transformações trazidas pela pandemia, e essa expansão não veio sozinha. Estimulou também uma série de outros negócios que garantem o ciclo do e-commerce, da compra por meio do celular ou do computador até a entrega ao consumidor.

Em meio a essa cadeia em expansão, poucos mercados cresceram tanto nos últimos dois anos quanto o dos galpões logísticos de alto padrão - e o e-commerce tanto foi a principal tração desse avanço, como é o fator de confiança para quem está investindo nesses grandes e cada vez mais tecnológicos espaços. Entre os dez maiores ocupantes de condomínios logísticos atualmente no Brasil, três têm operações exclusivamente de e-commerce, com cerca de 1,1 milhão de m² locados, quase o dobro dos 583 mil m² ocupados um ano atrás. Os dados são da agência Folhapress.

A taxa de vacância, que indica o percentual de metros quadrados disponíveis para locação, segue em queda, apesar do aumento expressivo de novos espaços. O número varia entre 8,95% e 12,56%, a depender da consultoria (algumas incluem apenas os imóveis considerados de alto padrão, outras, de todos os tipos).

De janeiro a setembro, pouco mais de 1 milhão de m² foram entregues, segundo a consultoria SiiLA Brasil. O grosso das finalizações, porém, estava previsto para o último terço de 2021. Se todas as previsões se concretizarem, outro 1,2 milhão de m² ficarão disponíveis para locação até que este ano termine, superando em 12% a área total locável registrada ao fim de 2020.

O ano passado já havia sido considerado o melhor para o setor, quando a absorção líquida, somente em São Paulo, chegou a quase 1,2 milhão de m², duas vezes o recorde da série histórica da Newmark, iniciada em 2014.

Mariana Hananaia, diretora de pesquisa e inteligência de mercado da consultoria, diz que as projeções indicam que um novo recorde será batido em 2021. No terceiro trimestre, foram acumulados 568 mil m² em novas locações.

A maior parte delas foi em Cajamar, município da Grande São Paulo que abriga alguns dos principais centros de distribuições do comércio online do Brasil - Amazon, Mercado Livre e B2W Digital (dona de Submarino, Shoptime e Americanas.com) estão lá.

Além de Cajamar, outras cidades da região metropolitana como Barueri, Jundiaí e Guarulhos também estão no raio de interesse da logística. A rede, porém, começa a se expandir, mesmo que o estoque, tanto novo quanto já instalado, ainda esteja muito concentrado em terras paulistas.

O crescimento das compras online fortaleceu as operações das empresas em outras regiões. Giancarlo Nicastro, presidente-executivo da consultoria SiiLA Brasil, diz que há muita oportunidade de expansão fora de São Paulo. Até o fim deste ano, há entregas previstas também no Ceará, em Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

No Rio, três empreendimentos estão ficando prontos, com tamanhos entre 19,5 mil m² e 28,7 mil m², o que poderá elevar ainda mais a taxa de vacância, hoje entre 18% e 19,8%, a depender da consultoria, posicionando o município como uma espécie de patinho feio em meio ao boom da logística.

O principal ruído, segundo Nicastro, vem da segurança, pois muitas empresas passaram a não conceder seguro a cargas que circulam no município. Para André Romano, gerente da divisão industrial e logística da JLL, o mercado responde prioritariamente à demanda: se houver consumidor comprando, as empresas montarão centros de distribuição. "De fato, é um mercado que anda de lado. Não é dinâmico como São Paulo, nem estável como vem sendo Ceará e Pernambuco".


Acesso a principais rodovias é diferencial competitivo para construção de galpões logísticos.

O presidente da SiiLA Brasil vê o aumento do estoque total, que chega a 19 milhões de m² como um ponto de atenção para o mercado. O risco é o de que a oferta cresça muito e rápido, derrubando os preços, que depois de patinar por anos, tinham começado a subir.

Mariana, da Newmark, avalia que o estoque poderá assustar, mas se manterá na média histórica em relação às novas locações. Ela aposta em um movimento de "fly to quality", quando empresas optam por uma locação de padrão superior. "Vai trocar 10 mil m² de qualidade ruim por 10 mil m² de qualidade boa", diz.

Andre Romano, da consultoria JLL, vê também a possibilidade de uma reacomodação dos contratantes, de acordo com a atividade. Operadores logísticos (como DHL e Fedex) podem ficar mais distantes das capitais, onde pagarão menos pelo m², mantendo hubs menores nos grandes centros.

O e-commerce, por outro lado, precisa estar próximo e com acesso fácil às principais rodovias. Além dos novos consumidores digitais nascidos com a pandemia, o período de distanciamento social e cuidados sanitários estimulou outros tipos de compra, que também interferem na distribuição dos centros de distribuição de quem está vendendo ou entregando.

"Antes, essas compras eram grandes, eram TVs, geladeira. Hoje, já se compra coisa de uso diário e até mesmo supermercado", diz Romano. Para essa compra de miudezas, o consumidor tem muito mais pressa em receber do que no caso de um eletrodoméstico.

No estado de São Paulo, as principais absorções do terceiro trimestre vieram do crescimento do digital. O Mercado Livre fechou 50,8 mil m² com a Prologis. A Mobly, varejista online de móveis e itens de decoração, locou 70 mil m² no Centro Logístico Especulativo WT, que integra um fundo da XP. Também com a Prologis, a Loggi contratou 46 mil m². Todos em Cajamar.

Nicastro, da SiiLA, diz que o mercado logístico em São Paulo vive um momento diferente em relação ao restante do país. "Em São Paulo é o 'last mile', a briga para ver quem entrega antes e mais barato, e isso só se faz com eficiência e descentralização".

A tradução aproximada para o significado de "last mile" é a última parada, ou seja, a etapa final antes da entrega ao cliente. A ambição dos operadores é conseguir ficar a 15 quilômetros do centro de São Paulo, em uma infraestrutura que permita, além do armazenamento de mercadorias, a manobra de caminhões e o entra e sai desses veículos.

Marina Cury, presidente da Newmark, diz que há seis projetos bem encaminhados entre aprovações e licenciamentos e que deverão atender esse perfil. Por outro lado, outras regiões do País também ganham espaço - no Rio Grande do Sul, a Região Metropolitana de Porto Alegre tem recebido diversos empreendimentos.

Fonte: Jornal do Comércio