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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 24 de novembro de 2020 às 10:10



Mercado encerra sessão com otimismo por conta de profilaxias apesar de más notícias no âmbito fiscal prejudicarem o desempenho do câmbio.

O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (23) em meio à notícia de que a vacina desenvolvida pela universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca mostrou uma eficácia média de 70% em prevenir a contaminação dos participantes, chegando até 90% em um dos métodos de aplicação.

Esta é a única profilaxia que possui acordo firmado com o governo federal brasileiro. Pelo acordo firmado, a produção local de cerca de 100 milhões de doses será realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, ao custo de R$ 1,9 bilhão.

Quem também ajudou no otimismo dos mercados foi o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, que teria escolhido a ex-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, como secretária do Tesouro, segundo informações do Wall Street Journal. As bolsas americanas aceleraram ganhos no fim do pregão e encerraram o dia em altas entre 0,22% e 1,12%.

Por aqui, o Ibovespa subiu 1,26%, aos 107.378 pontos com volume financeiro negociado de R$ 28,45 bilhões. Foi o maior patamar de fechamento do benchmark desde 21 de fevereiro, quando o principal índice da B3 encerrou a sessão cotado em 113.681 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial registrou valorização de 0,88% a R$ 5,432 na compra e a R$ 5,433 na venda. O dólar futuro com vencimento em dezembro registrava alta de 1,16%, a R$ 5,443 no after-market.

O câmbio passou a subir quando saíram notícias de que a ala política do governo pretende prorrogar o Auxílio Emergencial por dois ou três meses no início de 2021, piorando as perspectivas para a normalização da situação fiscal.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu quatro pontos-base a 3,40%, o DI para janeiro de 2023 teve alta de nove pontos-base a 5,20%, o DI para janeiro de 2025 avançou oito pontos-base a 7,04% e o DI para janeiro de 2027 registrou variação positiva de quatro pontos-base a 7,80%.

Entre os indicadores, os economistas do mercado financeiro projetam uma queda menor para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, revelou o Relatório Focus do Banco Central. De uma queda de 4,66% na semana passada, agora a mediana das projeções foi para uma retração de 4,55%. Já para 2021, a previsão para o crescimento do PIB foi elevada de 3,31% a 3,40%.

Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a mediana das projeções subiu de 3,25% para 3,45% em 2020 e de 3,22% para 3,40% em 2021.

Para o câmbio, os economistas reduziram suas expectativas para o dólar ao fim de 2020, caindo de R$ 5,41 para R$ 5,38. Em 2021, as projeções se mantiveram em R$ 5,20.

Já para a taxa básica de juros, Selic, as estimativas continuaram em 2,00% ao ano para 2020, mas foram elevadas de 2,75% para 3,00% ao ano para 2021.

Os investidores ainda monitoram a fala de  Paulo Guedes, ministro da Economia, em três eventos nesta segunda-feira.


Ministro da Economia defende teto em 2021

Em entrevista publicada no domingo no jornal Valor, Guedes afirmou que o Brasil está praticando a recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI) de manter suporte para a economia durante a crise de Covid, mas afirmou que o governo pretende deixar de gastar acima do teto a partir de 2021.

“Prorrogamos duas vezes auxílio emergencial. Renovamos a primeira vez em R$ 600. Depois renovamos novamente até o fim do ano mas desta vez em R$ 300. Nós já estamos praticando o que eles estão falando. Temos praticado a retirada gradual”.

O decreto de calamidade pública do governo em decorrência da pandemia expira no final de dezembro. Caso não seja renovado, o governo perde a prerrogativa de se endividar sem limites, levando ao fim do Orçamento especial criado para se contrapor aos efeitos da pandemia.

Assim, programas como auxílio emergencial, Benefício Emergencial e Pronampe, programa destinado a socorrer micro e pequenas empresas, ficam sem recursos.

O Orçamento regular de 2021 é limitado pelo teto de gastos, e está quase todo comprometido com despesas permanentes, como salário de servidores e Previdência. O governo busca junto ao Congresso formas de viabilizar um programa mais amplo do que o Bolsa Família sem estourar o teto de gastos, mas, até o momento, sem sucesso.

Em sua entrevista ao Valor, Guedes afirmou que o plano do governo é voltar em janeiro ao padrão fiscal limitado ao teto de gastos. O motor do crescimento seriam, então, os investimentos privados que, em sua visão, seriam estimulados por novos marcos regulatórios, como saneamento, gás natural, cabotagem, setor elétrico, petróleo e 5G.

Destes, o único aprovado e em vigor é o do saneamento. “Estamos aprovando os novos marcos regulatórios exatamente para transformar a recuperação cíclica baseada em consumo em retomada de crescimento auto sustentável com base em investimentos”, afirmou o ministro.


Vacinação no Brasil

No fim da última semana, o governo do estado de São Paulo recebeu as 120 mil primeiras doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac, que tem no Brasil uma parceria com o Instituto Butantan.

O governo do estado firmou um acordo para a compra de 46 milhões de doses do produto e transferência de tecnologia para o Instituto Butantan que, no entanto, só terá autonomia para produzir as vacinas dentro de anos. A CoronaVac está passando por testes de fase 3.

Na sexta-feira, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou uma alteração nos protocolos dos testes clínicos da vacina contra a covid desenvolvida por AstraZeneca e Universidade de Oxford. De acordo com informações obtidas pelo jornal Valor, trata-se de uma mudança nas análises estatísticas dos resultados dos testes. A alteração ocorreu um dia após dados dos testes de fase dois da vacina terem sido publicados.


Melhores da Bolsa 2020

Cadastre-se gratuitamente para participar do encontro entre os CEOs das melhores empresas listadas na Bolsa e gestores de grandes fundos, entre os dias 24 e 26 de novembro:

Concordo que os dados pessoais fornecidos acima serão utilizados para envio de conteúdo informativo, analítico e publicitário sobre produtos, serviços e assuntos gerais, nos termos da Lei Geral de Proteção de Dados.

Além disso, um documento foi assinado em agosto entre governo do Paraná e o Instituto de Pesquisa Gamaleya, ligado ao governo russo, para produção local da vacina Sputnik V, que já teve resultados preliminares de testes de fase 3 divulgados no início de novembro, sem passarem, no entanto, por publicação em revistas científicas independentes.

Ocorrem no Brasil também estudos clínicos do produto desenvolvido por BioNTech e Pfizer, e do produto desenvolvido pela Janssen em parceria com Johnson & Johnson. Ainda não há, no entanto, um acordo firmado pelo país para a compra desses produtos.

O governo federal afirma que estuda a compra das vacinas de Janssen, Instituto de Pesquisa Gamaleya, Moderna e Covaxin, da Índia.


Radar Corporativo

O Carrefour Brasil informou que as vendas do dia 20 de novembro das lojas Carrefour Hipermercados serão doadas para entidades ligadas à luta pela consciência negra, posicionamento adotado após o assassinato por espancamento de um homem negro em uma das lojas da rede, em Porto Alegre.

Em nota à imprensa, a varejista afirmou que o Dia da Consciência Negra, celebrado na véspera em várias cidades do Brasil, deveria ser marcado pela conscientização da inclusão de negros e negras na sociedade, mas “foi o mais triste da história do Carrefour”.
O presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), Italo Fioravanti Sabo Mendes, suspendeu na sexta-feira liminar concedida na véspera que determinava o afastamento temporário de diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional de Saúde (ONS), após o apagão energético que assola o Amapá.


Maiores altas



O navio MV Carmen, um rebocador de uma empresa que presta serviço à Petrobras, naufragou na madrugada de sexta-feira no campo de Albacora, na Bacia de Campos, e os 18 tripulantes foram resgatados sem ferimentos por duas embarcações de apoio que estavam próximas, informou a Marinha em nota.

A Suzano anunciou na sexta com a fabricante de celulose especial Bracell para venda de terras, florestas e madeira, em uma transação que totaliza cerca de R$ 1 bilhão voltada a reduzir o endividamento da companhia.

As terras estão localizadas no Estado de São Paulo, onde a Bracell tem fábrica e está investindo em um projeto de expansão que tem conclusão prevista para 2021.

Fonte: Infomoney
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 24 de novembro de 2020 às 09:53


Veja iniciativas de algumas empresas para permitir que o consumidor vivencie seu propósito de um jeito mais interessante.

Na era da personalização de produtos e serviços, as marcas que não escutam seu consumidor, que não se preocupam com o seu bem-estar ou com o meio ambiente não têm vez. As pessoas querem se relacionar com empresas que estejam alinhadas às suas crenças e valores, afinal, marcas são organismos vivos, feitos para representá-las.

Dar vida a soluções “conscientes”, no entanto, ainda é uma tarefa complexa. Por isso, cada vez mais as apostas das marcas se viram para a busca de estreitar as relações com o consumidor, envolvendo-o com o propósito da empresa para dar voz ao que ele deseja e ganhar espaço em um mercado cada vez mais concorrido.


Tecnologia para inovar e entender os desejos do consumidor

Com o mundo em constante evolução, as empresas buscam maneiras inovadoras de atender a todas as necessidades de seus clientes. O mercado migra, cada vez mais, da venda de produtos para a venda de serviços que ofereçam uma experiência inesquecível para o consumidor, como atendimento personalizado e conceitos inovadores de loja.

É nisso que a AMARO tem apostado desde a sua fundação, em 2012. A marca trouxe para o Brasil o conceito de Guide Shop, e investe pesado em tecnologia para proporcionar uma experiência cada vez mais omnichannel aos clientes. “Como somos uma marca digital, que já nasceu nesse ambiente, conseguimos capturar o que nossos consumidores pensam e querem de forma muito dinâmica e precisa para nos comunicarmos com eles da forma mais assertiva e transparente”, diz Wellington José, head de Customer Experience na AMARO.

Segundo José, a AMARO é uma empresa customer centric e obcecada por inovação com foco no cliente. Durante a pandemia, a marca desenvolveu a Mara, uma modelo virtual hiper-realista, para ajudar a manter o relacionamento próximo com as clientes durante o isolamento social. “Com ela, foi possível manter a nossa grade de lançamento de coleções e mostrar os produtos para as nossas clientes por meio de ações nos nossos canais digitais. Com essa ação, tivemos resultados expressivos de earned media e de engajamento em nossas redes sociais”.

Nos últimos meses, a AMARO lançou ainda uma coleção inspirada no mundo dos games – que passou a fazer parte da vida das pessoas de forma mais intensa, devido ao isolamento social – e uma parceria com o TikTok, que resultará em uma coleção cápsula feita pelos usuários. “A coleção trará elementos de conforto junto com tendências do momento, criando uma mistura e um contraste interessante para diversos públicos”.

A beauty tech JustForYou é outra empresa que aposta na tecnologia para personalizar a experiência do consumidor. Por meio da inteligência artificial, ela desenvolve fórmulas personalizadas para shampoos e condicionadores.

Agora, a marca deu mais um passo para estreitar seu relacionamento com os clientes e aproximá-los de seu propósito: o lançamento da REbox, uma embalagem que se transforma em display para celular e pode ser personalizada. Junto à nova embalagem, a pessoa recebe um QR Code que direciona os usuários ao perfil da marca no Spotify, onde há playlists que completam a experiência sensorial da ação.

“A REbox traz a oportunidade de reutilizar um objeto que seria descartado de imediato, e até o estímulo de rever qualquer outro hábito. Esse contato com algo que pode ser ressignificado é uma forma interessante para o consumidor vivenciar o nosso propósito de forma natural e intuitiva”, diz Beatriz Zogaib, Head de Wellness da JustForYou.


Inovação além do produto


Para ser considerada eficaz, a experiência do cliente deve estar em constante evolução, acomodando todas as necessidades e expectativas do consumidor em relação à empresa. Uma experiência consistente e dinâmica para os clientes, que os mantenha engajados, virou prioridade para muitas empresas.

É pensando nisso que a Nestlé, gigante mundial de alimentos e bebidas, tem desenvolvido projetos para inovar além dos produtos, proporcionando novas experiências e serviços para o consumidor. “Pensamos também em tudo o que pode agregar mais informação, promover entretenimento ou facilitar o processo de compras”, explica Bruno Oliveira, head de Inovação e Novos Negócios da Nestlé Brasil.

Algumas ações da marca fizeram sucesso com os consumidores durante a pandemia. É o caso da KITKAT® Chocolatory, que migrou para um formato diferenciado de contato direto com consumidor, por meio de lives. A marca oferece uma experiência interativa online, com duração de duas horas, que proporciona aos clientes não só oportunidade de comprar produtos, como também conteúdo de entretenimento.

A Nespresso também lançou uma Live Experience, com oito horas de conteúdo ao vivo. Nela, os consumidores têm acesso a um especialista em cafés e podem clicar em opções na tela que direcionam para diversas formas de contato, dicas de produtos e de reciclagem, além de poderem enviar perguntas que são respondidas ao vivo.

A Nestlé também lançou experiências com a assistente virtual Alexa. Um deles é o “Nestlé Baby and Me”, que ajuda com dicas de desenvolvimento e até sugestões de nomes para o bebê. O “Meu Café”, por sua vez, traz conteúdo para quem aprecia o mundo de cafés e quer se tornar especialista.

“Nosso time de Inovação trabalha com design de experiências para aumentar a interatividade. Através dessa interação, a Nestlé conquista dados que possibilitam insights mais assertivos, que repercutem em toda a cadeia, gerando produtos e serviços que as pessoas desejam de fato e que fazem sentido para elas”.