Apesar do crescimento no número de franquias das lojas Havaianas, as vendas tiveram queda no Brasil no terceiro trimestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho do varejo no País diminuiu em 4%.

O número de franquias da Havaianas em setembro de 2016 era de 520, já em setembro deste ano subiu para 574.

A justificativa da Alpargatas, detentora da Havaianas, é a redução das vendas mais fracas no Rio de Janeiro.

De acordo com a empresa, há uma concentração grande de lojas na capital carioca e o mercado do varejo tem “sofrido com a redução da renda e diminuição do fluxo de turistas”, disse a marca em seu relatório trimestral.

Receitas

Já as receitas da Alpargatas, que também é dona da Osklen, Topper, Mizuno, Dupé e Meggashop Outlet, também teve redução. No comparativo do terceiro trimestre de 2016, a queda foi de 12,4%.

A marca Osklen, no entanto, teve bom desempenho no varejo, com crescimento de 2%.

A análise da Alpargatas para o aumento nas vendas é o lançamento antecipado da coleção verão nas lojas e da melhora do consumo em alguns mercados, como o de São Paulo.

Ao todo, a companhia gerou um caixa operacional de R$ 202,6 milhões nos 12 meses encerrados em 30 de setembro deste ano.

Fonte: Novarejo

O palestrante Hector Felipe Cabral, que abordará o tema “O consumidor vai comprar, calçar e vestir tecnologia? como será vender isso pra ele?”, durante o Congresso Digital Couromoda, fala sobre as mudanças do mercado, característica do consumidor digital e sua palestra.

HECTOR FELIPE CABRAL - Head of Digital Marketing, Agência Sigma3 Comunicação Integrada; Growth Hacker e Manager regional do Grupo de Negócios da Google focado em auxiliar pequenas empresas e startups de tecnologia a usar a tecnologia em prol do crescimento do seu negócio. Vice Presidente do Sudovalley (Núcleo de Startups do Sudoeste do PR).

Em sua opinião, qual é o futuro do mundo digital?

O mundo digital tende a se firmar cada vez mais em cima da informação e da forma como ela é tratada. A Economia Compartilhada está presente diariamente em nossas vidas e precisamos entender como esses novos modelos de negócios baseados em compartilhamento, recorrência e escalabilidade influenciam nossos negócios. Estamos vivendo uma nova onda de relações humanas e comerciais. Hoje, existem melhores maneiras de construir um negócio, vivemos a era do relacionamento transparente com nossos clientes. E isso é a sustentabilidade das relações comerciais.

Você acredita que o varejo está preparado para esse futuro?

O varejo está se preparando de forma vagarosa. Quem está entendendo que o relacionamento hoje é o principal critério nas relações com seus clientes, e não simplesmente usar os meios digitais como mais uma forma de publicidade e vendas está saindo na frente e ganhando vantagem. Quem dita hoje às regras do mercado são os consumidores e eles não aceitam mais consumir produtos ou serviços que não são sustentáveis, ou seja, não apenas um dos lados ganha. O consumidor faz parte da massa crítica, ele busca na experiência de consumo os produtos e serviços que vai usar e indicar, tendo um comportamento arrojado. O consumidor mudou e o varejo precisa se adequar a essa mudança.

Quais são as principais mudanças ou características do consumidor digital?

O consumidor digital pesquisa antes de comprar, ele busca informações e tira todas as suas dúvidas antes de decidir pela compra, este é o momento “Zero da Verdade” de acordo com o Google. É o momento que as empresas precisam chegar ao cliente agregando valor e conteúdo qualificado.

Destacar a importância do tema de sua palestra para o varejo de calçados e moda.

A tecnologia está mais presente em todos os produtos, incluindo roupas e calçados. O digital já faz parte do nosso dia a dia e mesmo assim uma grande parcela das empresas não utiliza dessas ferramentas para auxiliar nas vendas. Devemos e podemos de forma simples inserir intensamente nossas empresas nessa revolução digital e social, mostrando caminhos que possam seguir e ferramentas para ajudá-las.

Fonte: Couromoda