Estratégia & Marketing
Postado em quarta-feira, 07 de agosto de 2024 às 10:02
Geração Z e Baby Boomers preferem comprar por apps, mas têm diferenças em relação ao consumo online e presencial e a recomendações.
Entender as diferentes preferências e comportamentos de compra entre as gerações é fundamental para que marcas desenvolvam estratégias de marketing eficazes e relevantes. Cada geração – Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z – possui características únicas que influenciam suas decisões de consumo. Essa compreensão profunda do consumidor, além de essencial para as marcas, muitas vezes revela características surpreendentes de cada público, que, com o passar dos tempos, apontam não só diferenças, mas similitudes em alguns casos.
De acordo com pesquisa encomendada pela Mosaico, empresa do Banco PAN, realizada pela plataforma de pesquisas QuestionPro, com 1.494 pessoas entrevistadas em todas as regiões do país, entre os dias 25 e 26 de março, a decisão de compra de todos os perfis geracionais no Brasil tem um coeficiente comum: é impactada de forma expressiva por campanhas publicitárias, promoções e influenciadores. Ou seja, 93% dos consumidores da Geração Z (nascidos entre 1997 e 2010) e 84% dos Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) consideram essas abordagens como fatores importantes. A pesquisa também considerou os nascidos na Geração X (1965-1980) e os Millennials (1981-1996).
Preferências
Sobre suas preferências, as gerações mais jovens e mais velhas divergem em quase todos os aspectos do levantamento. Por exemplo, quanto à preferência por compras em lojas físicas ou online, com o avanço do e-commerce e da digitalização, os mais jovens optam pela conveniência e rapidez das compras online em 46% das vezes. Esses consumidores também preferem o pagamento digital em 51% das transações e são atraídos por cashback em 69% das ocasiões.
Em contraste, os Baby Boomers, familiarizados com o pagamento digital (escolhido por 53% deles), são consumidores habituados às compras presenciais (74%) e não se interessam tanto por cashbacks ou cupons de desconto, utilizados em apenas 21% das transações.
Como descobrem novos produtos ou serviços
A diferença geracional é ampliada quando se trata da preferência por canais para descobrir novos produtos ou serviços. Enquanto a Geração Z prefere redes sociais e influenciadores em 51% das vezes, apenas 22% dos Baby Boomers são impactados por esses meios. Em contrapartida, 44% dos Baby Boomers confiam nas recomendações de amigos e familiares, forma de aconselhamento que influencia 26% das descobertas da Geração Z. Interessante notar que blogs e sites de análises de produtos ocupam o terceiro lugar para ambas as gerações, impactando 23% dos mais jovens e 22% dos mais velhos.
Convergência está no processo de compra
O comportamento das gerações converge quando se trata das ferramentas utilizadas no processo de compra: tanto os mais jovens quanto os mais velhos preferem aplicativos específicos em detrimento dos sites de varejo. Enquanto 69% da Geração Z prefere comprar via apps, apenas 51% utilizam sites de varejo para concluir suas compras. Para os Baby Boomers, esses números são de 53% e 47%, respectivamente, mostrando uma preferência similar por aplicativos específicos.
Quem é mais fiel?
A pesquisa também revela que todas as gerações preferem marcas conhecidas. Entretanto, os nascidos na Geração Z demonstram fidelidade um pouco maior. Cerca de 17% deles preferem sempre comprar produtos das mesmas marcas, em comparação com 11% dos Baby Boomers.
Por fim, vemos que a compreensão dos comportamentos de compra das diferentes gerações pode apoiar significativamente as marcas em suas estratégias de marketing. Além disso, existem fatores socioeconômicos que impactam decisivamente esses grupos e devem ser analisados para um aprofundamento ainda maior de preferências.
Contudo, Francisco Donato, superintendente Executivo da Mosaico no Banco PAN, ressalta a importância de entender cada público para avanços significativos na experiência do cliente com as marcas. “Quando as compras em sites de varejo cedem espaço para aplicativos específicos, por exemplo, o mercado como um todo precisa reavaliar seus desafios e se reposicionar para alcançar tanto os clientes mais jovens quanto os mais velhos. E isso deve ser feito não apenas buscando o aumento das vendas, mas também pensando em garantir a melhor experiência para um público etário amplo e diversificado”.
Fonte: Consumidor Moderno