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Tecnologia & Inovação Postado em quarta-feira, 14 de maio de 2025 às 10:10


CEOs temem que a ausência de conhecimento em IA entre executivos do alto escalão limite o crescimento e a inovação das empresas.

“Nunca vimos uma lacuna tão desproporcional nas impressões dos CEOs sobre a disrupção tecnológica”, diz David Furlonger, VP Analista Distinto e Gartner Fellow.

A declaração do especialista reforça a necessidade urgente de construção de conhecimento e habilidades em IA entre executivos c-levels num momento em que a Inteligência Artificial (IA) passa a ser preponderante para os negócios.

David reforça que a IA não é apenas uma mudança incremental dos negócios digitais, mas sim, uma “transformação radical” na forma como os negócios e a sociedade funcionam.

Uma implicação significativa que, caso o conhecimento não seja aprimorado rapidamente por esse grupo de executivos, a competitividade será prejudicada e a sobrevivência das empresas correrá sérios riscos, afirma.

Especialistas em IA

A afirmação de David tem fundamento. Segundo uma pesquisa recente do Gartner, “Gartner CEO and Senior Business Executive Survey”, feita com 456 CEOs e outros executivos sêniores de negócios em todo o mundo, apenas 44% dos Chief Information Officers (CIOs) são considerados por seus Chief Executive Officers (CEOs) como “especialistas em Inteligência Artificial (IA)”.

A pesquisa revelou que 77% dos CEOs acreditam que a IA está inaugurando uma nova era de negócios, mas acham que os principais especialistas em tecnologia das empresas não têm o conhecimento e os recursos para apoiar, impulsionar ou acelerar os resultados de negócios nesse cenário em evolução.

Os CEOs consideram que até mesmo CIOs, Chief Information Security Officers (CISOs) e Chief Data Officers (CDOs) não têm conhecimento elevado de IA. A preocupação da liderança com a experiência tecnológica do C-Level não é nova. A mesma pesquisa realizada entre 2019 e 2020 mostrou que a avaliação dos CEOs sobre o conhecimento tecnológico necessário para a era digital de seus executivos já estava abaixo do ideal.

Fatores limitantes

Os CEOs pesquisados destacam que dois principais fatores afetam a implementação e o uso da IA nas organizações: a incapacidade de contratar um número adequado de pessoas qualificadas e o de calcular valor ou resultados obtidos com a tecnologia.

Jennifer Carter, outra analista principal do Gartner, tece sua avaliação. “Os CEOs mudaram sua visão sobre a IA de apenas uma ferramenta para uma maneira transformadora de trabalhar. Essa mudança destacou a importância do aprimoramento das habilidades. À medida que os líderes reconhecem o potencial da IA e o impacto nas empresas, eles entendem que o sucesso não se trata apenas de contratar novos talentos. Em vez disso, trata-se de equipar seus funcionários atuais com as habilidades necessárias para incorporar perfeitamente a IA nas tarefas diárias.”

Esse foco no aprimoramento de habilidades é uma resposta estratégica ao papel em evolução da IA nos negócios, garantindo que toda a companhia possa se adaptar e prosperar nesse novo paradigma. De acordo com a pesquisa 66% dos CEOs disseram que seus modelos de negócios não estão adequados para fins de IA.

O que isso quer dizer?

A Inteligência Artificial como ferramenta de transformação empresarial é uma solução ainda muito nova para a grande maioria das lideranças que não tiveram em sua trajetória e escopo de trabalho um contato estreito com o mundo tecnológico. O fato, é que esse mundo ganhou protagonismo e o conhecimento sobre IA agora é colocado como “missão crítica” devido à rapidez na adoção e evolução. Pensando no impacto direto sobre valor de marca e confiança, o desafio em IA ainda é muito maior caso o impulso da organização para seguir esse ritmo não leve em consideração uma boa base de dados confiáveis e um propósito claro: o consumidor espera que toda empresa agora esteja ancorada em IA, para ser mais ágil e eficiente.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em quarta-feira, 14 de maio de 2025 às 10:08


Pesquisa da empresa de dados Neogrid aponta que 55% dos consumidores costumam comprar a mesma marca com frequência, mas apenas 7% se dizem totalmente fiéis.

O cenário de inflação persistente, com preços de alimentos acima da média, tem levado os consumidores a rever seus hábitos de compra. Cerca de 70% dos brasileiros afirmam estar mais atentos às ofertas de produtos com marcas próprias nos supermercados, cujos preços são mais acessíveis. É o que mostra o mais recente levantamento da Neogrid, empresa de análise de dados, em parceria com a Opinion Box, especializada em pesquisas.

O estudo “Dados sobre Consumo e Fidelização no Brasil” ouviu mais de 2 mil pessoas em todo o país e traçou um retrato atual do comportamento de compra nos varejos físico e digital.

Segundo os dados, 55% dos consumidores costumam comprar a mesma marca com frequência, enquanto apenas 7% se dizem totalmente fiéis. O que mais pesa na decisão de compra é a qualidade do produto, apontada por 76% dos entrevistados, mas o preço é importante para 43%, bem como a boa experiência de compra (33,5%).

 “O consumidor brasileiro está mais criterioso e disposto a testar novas marcas, inclusive as próprias do varejo, desde que perceba valor real na compra”, afirma Christiane Cruz Citrângulo, Chief Marketing Strategy Officer (CMSO) da Neogrid. “A fidelidade não está mais vinculada apenas ao nome da marca, mas ao custo-benefício que ela entrega.”

Marcas próprias ganham espaço

A percepção do aumento de marcas próprias nas prateleiras está alinhada à movimentação de grandes redes varejistas que buscam ampliar suas margens oferecendo produtos com mais competitividade de preço. Para o consumidor, isso tem representado uma alternativa viável diante do aumento do custo de vida. Ao mesmo tempo, o levantamento indica que 46% estão satisfeitos com os produtos que levam para casa e 28% muito satisfeitos, sugerindo que, além de economia, há aceitação da qualidade oferecida.

Fidelização no ponto de venda e online

No varejo físico, 52% dos consumidores dizem frequentar com regularidade o mesmo supermercado. A variedade de produtos é o principal fator de fidelização (50%), seguido por descontos (43%) e proximidade (42%). No ambiente digital, o comportamento se torna mais fragmentado: 51% usam uma mesma loja virtual ocasionalmente, 27% com frequência e apenas 4% são fiéis a um único e-commerce.

Além disso, os programas de fidelidade seguem populares: 60% dos consumidores participam de algum sistema de recompensas oferecido por supermercados — e muitos acumulam mais de um. O levantamento mostra que 60% estão vinculados a dois ou quatro programas simultaneamente, e 28% a cinco ou mais, tanto no varejo físico quanto no digital.

Mais diversidade, mais poder de escolha

A pesquisa também indica que 89% dos consumidores gostariam de participar de programas de fidelidade que abranjam múltiplas marcas e redes varejistas, apontando para uma demanda por mais flexibilidade e vantagens reais. “O consumidor quer sentir que está fazendo um bom negócio. Ao encontrar um desconto aliado à boa qualidade, a chance de recompra cresce significativamente.”

O levantamento foi realizado online com pessoas acima de 16 anos, de todas as classes sociais, que são responsáveis — total ou parcialmente — pelas compras da casa. O resultado reforça que, mesmo com hábitos consolidados, o consumidor brasileiro está mais aberto a novas experiências, atento à relação entre valor e benefício e menos preso a marcas tradicionais.

“O consumidor pode até permanecer fiel a marcas de alimentos, apesar da elevação de preços, devido à confiança na qualidade, mas o preço fica mais evidente se os aumentos forem excessivos ou outras marcas oferecerem alternativas de qualidade a preços mais acessíveis, desafiando a fidelidade em tempos de orçamento apertado”, disse Anna Fercher, coordenadora de atendimento ao cliente e dados estratégicos da Neogrid.

Fonte: Infomoney