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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 20 de maio de 2024 às 15:23


Vamos estudar as estratégias de sucesso dos maiores e-commerces do Brasil.

O mercado de e-commerce no Brasil tem se destacado pela inovação e crescimento acelerado, liderado por gigantes como Mercado Livre, Magazine Luiza, Shopee e Amazon, empresas que adotam estratégias avançadas para se manterem no topo e responder às demandas dos consumidores em um ambiente altamente competitivo. Segundo pesquisas, com mais de 30,4 bilhões de acessos nos últimos 12 meses apenas no Brasil, o e-commerce é um setor que só tende a crescer cada vez mais. Isso reforça a importância de aprender com essas gigantes e aplicar algumas de suas estratégias no seu próprio negócio.

Os principais modelos de e-commerce são:
B2C (Business-to-Consumer): Empresas vendem diretamente para consumidores finais. Ex: Amazon.
B2B (Business-to-Business): Transações entre empresas, como fabricantes vendendo para distribuidores.
C2C (Consumer-to-Consumer): Consumidores vendem para outros consumidores em plataformas como MercadoLivre.

OS MAIORES DO BRASIL

1. Mercado Livre

Líder no ranking com 29,4% do web traffic share, o Mercado Livre destaca-se pela diversidade de produtos e confiabilidade. Em 2022, a receita líquida global atingiu US$ 2,6 bilhões, com o Brasil representando 56% dessa receita. A empresa investe em inovações para adaptar-se às mudanças no comportamento do consumidor, oferecendo uma experiência de compra eficiente e transparente.

Principais estratégias:

Adaptação às mudanças no comportamento do consumidor: o Mercado Livre investe continuamente em inovações para replicar a experiência de compra física no ambiente digital, introduzindo funcionalidades que tornam sua plataforma única e atrativa​​.
Variedade de produtos: oferece uma ampla gama de produtos, desde itens básicos até eletrônicos e produtos de luxo, atendendo a uma vasta gama de necessidades dos consumidores​​.
Experiência de compra transparente e eficiente: foca em proporcionar uma experiência de compra segura e eficiente, o que solidifica a confiança dos consumidores na plataforma​​.
Crescimento durante a Pandemia: aproveitou o aumento da demanda durante a pandemia, aumentando significativamente sua base de usuários e o volume de vendas​​.


2. Amazon Brasil

A Amazon trouxe sua forte marca global ao mercado brasileiro, capturando 22,3% do web traffic share. Sua estratégia inclui o uso de algoritmos para personalizar sugestões de produtos e criar uma experiência única para cada cliente. Com a expansão dos centros de distribuição no Brasil, a Amazon aprimora a logística e aumenta a oferta de produtos, reforçando sua posição no mercado.

Principais estratégias:

Personalização com algoritmos: utiliza algoritmos para rastrear o comportamento dos usuários e oferecer sugestões de produtos com base nas preferências individuais, criando uma experiência de compra personalizada​​.
Urgência e escassez: cria urgência nas compras através de cronômetros de contagem regressiva e indicações de estoque limitado, incentivando a compra imediata​.
Expansão da logística: aumentou o número de centros de distribuição no Brasil, melhorando a logística e a velocidade de entrega​.
Amazon Prime: oferece benefícios do Amazon Prime, como frete grátis e acesso a conteúdo exclusivo, aumentando a fidelidade dos clientes​.


3. Shopee

Conhecida por suas promoções agressivas e preços competitivos, a Shopee investe em marketing digital e logística para conquistar o público brasileiro. A empresa utiliza estratégias de engajamento, como colaborações com influenciadores e campanhas nas redes sociais, para criar uma comunidade em torno da marca. Em 2023, a Shopee registrou um crescimento de 400% nos pedidos no Brasil.

Principais estratégias:

Promoções e preços competitivos: destaca-se por suas promoções agressivas e preços competitivos, atraindo uma grande base de consumidores​.
Marketing digital e logística: investe pesado em marketing digital e logística para garantir uma experiência de compra satisfatória e rápida​​.
Engajamento com influenciadores: colabora com influenciadores para ampliar seu alcance e engajar o público, criando uma comunidade ativa em torno da marca​ (FashionUnited)​.
Live commerce: realiza transmissões ao vivo para promover produtos e interagir diretamente com os consumidores, aumentando as vendas e a visibilidade da marca​.


4. Magazine Luiza

A transformação digital é a principal estratégia do Magazine Luiza, que integra lojas físicas e online para oferecer uma experiência de compra omnichannel. A empresa investe em comunicação direta com os clientes através das redes sociais e utiliza a assistente virtual “Lu” para humanizar a marca. Em 2022, as vendas do e-commerce alcançaram R$ 43 bilhões, refletindo o sucesso dessa abordagem.

Principais estratégias:

Transformação digital: liderou a transformação digital no varejo brasileiro, integrando lojas físicas e online para oferecer uma experiência de compra omnichannel​.
Assistente virtual "Lu": criou a assistente virtual "Lu", que humaniza a marca e interage com os clientes nas redes sociais, proporcionando atendimento personalizado​​.
Engajamento nas redes sociais: utiliza redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube para comunicar-se diretamente com os clientes, oferecendo análises de produtos e atualizações sobre promoções​.
Investimento em comunicação direta: foca em comunicação direta e personalizada com os clientes, aproveitando tendências de redes sociais para se destacar​.

TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES

Inteligência Artificial
A IA está transformando o e-commerce, permitindo personalização, automação e análise avançada de dados. Ferramentas como chatbots e assistentes virtuais oferecem atendimento eficiente e personalizado, enquanto a IA ajuda a prever a demanda por produtos e identificar padrões de consumo.

Sustentabilidade
Os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto às práticas sustentáveis das empresas. Há uma demanda crescente por transparência nas informações sobre a sustentabilidade dos produtos, influenciando as estratégias de marketing e operações das empresas de e-commerce.

Omnicanalidade
Integrar diferentes canais de venda é essencial para oferecer uma experiência de compra fluida. A omnicanalidade permite que os consumidores comprem onde e como preferirem, seja online ou em lojas físicas, fortalecendo a lealdade à marca.

As estratégias adotadas pelos maiores e-commerces do Brasil demonstram a importância de inovação contínua, personalização da experiência do cliente e eficiência logística. Cada empresa, com suas abordagens únicas, conseguiu não apenas manter-se competitiva, mas também liderar o mercado em um ambiente dinâmico e exigente. 

A integração de tecnologia, como inteligência artificial e automação, aliada a uma forte presença digital e engajamento com os consumidores, é fundamental para o sucesso no e-commerce. À medida que o setor continua a evoluir, essas empresas servirão como modelos de adaptação e crescimento, refletindo a capacidade de transformar desafios em oportunidades e de se antecipar às tendências do mercado. 

O futuro do e-commerce no Brasil promete ser tão dinâmico quanto seu presente, impulsionado por essas estratégias inovadoras e focadas no cliente.

Fonte: Ecommerce Brasil
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 20 de maio de 2024 às 15:21


O estudo reuniu mais de 24 mil consumidores de 22 países.
O e-commerce no Brasil atingiu 10% do varejo total, e a quantidade de compradores pela internet cresceu três pontos percentuais, atingindo 68% da população nacional em 2023 em relação ao ano anterior, conforme concluiu o E-Shopper Barometer, pesquisa anual realizada pelo Grupo Geopost.

O estudo reuniu mais de 24 mil consumidores de 22 países, incluindo o Brasil, para identificar o comportamento do consumidor digital. Ele aponta que os compradores brasileiros receberam, em média, 3,8 encomendas por mês. Eles compraram mais roupas e outros itens de moda (48%), além de calçados, produtos de beleza ou de saúde, empatados com 43%.

O e-commerce continua sendo visto positivamente, como uma maneira de economizar tempo para 79% dos consumidores; para 65%, é uma opção de compra que reduz o estresse se comparado às compras em lojas físicas. É considerado muito conveniente para 53%, mesmo se houver necessidade de devolver alguma compra. Cinco em cada dez dos entrevistados acreditam que conseguem comprar pela internet perto de 100% dos produtos que precisam.


Preferências no recebimento da compra

Quando se trata da entrega das encomendas, 65% consideram importante saber qual a transportadora responsável pela entrega, pois isso traz mais segurança. Além disso, os e-shoppers querem, em ordem de preferência:
receber notificações em tempo real,
ter previsão da hora da entrega,
receber a entrega no mesmo dia,
receber onde ele estiver.
Na sequência vem a preferência por entrega no dia seguinte e por contar com várias opções de entrega, além da possibilidade de reagendar a data de recebimento.

Ser informado sobre o prazo exato de entrega no intervalo de uma hora e poder escolher o dia e horário específicos de recebimento são fatores importantes para 84% dos compradores brasileiros entrevistados.

Em relação à logística reversa, a pesquisa aponta que 7% dos consumidores devolveram sua última compra e, dentre eles, 49% consideraram o processo de devolução positivo, sem esforços. Grande parte das encomendas de volta, ou 74%, foi deixada em um ponto postal; 17% delas foram retiradas em casa por um serviço de courier, e 7%, deixadas em um ponto de movimentações de remessas.


Entregas sustentáveis

A oferta de opções de entregas ambientalmente sustentáveis se mostrou um atrativo para oito em cada dez dos respondentes, enquanto 68% afirmaram que a escolha por alternativas de entregas ecologicamente corretas é importante quando realizam compras online.

O uso de veículos de baixas emissões é a melhor opção para 41% dos consumidores, e 39% responderam que combinar vários produtos para que sejam entregues juntos também é uma opção relevante de entrega sustentável.


Millennials e aficionados

O E-Shopper Barometer também destacou a representatividade dos millennials, nascidos entre a década de 1980 e 1990, no e-commerce brasileiro. Ele constatou que 61% de todas as compras são realizadas por esse público, representando 10,9% de participação média no total de compras online entre todas as categorias de produtos. Os millennials recebem quase 4 encomendas por mês.

Já os aficionados, ou heavy buyers, realizam 54% do total de todas as compras online, o que representa 17,8% de participação média no total de compras entre todas as categorias. Eles receberam 7 encomendas por mês em 2023, de 8 categorias diferentes de produtos, principalmente de beleza e cuidados de saúde.

Fonte: Mercado & Consumo