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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 30 de novembro de 2021 às 09:52


Relatórios mostram que as perspectivas otimistas se confirmaram e o faturamento do comércio eletrônico na Black Friday chegou a R$ 4 bilhões.

As expectativas para a performance da Black Friday de 2021 no e-commerce eram altas, principalmente pela chegada de novos consumidores nos últimos meses e os bons resultados alcançados pelo canal durante a pandemia. Os números obtidos pelo comércio eletrônico na última sexta (26/11), segundo análise realizada pela Conversion, podem classificar a data deste ano como uma das melhores audiências desde que entrou no calendário varejista brasileiro.

De acordo com um levantamento da agência, as visitas nas principais lojas virtuais cresceram 42,24% na semana da Black Friday em comparação com os sete dias anteriores. A análise foi realizada com base no tráfego dos principais e-commerce do país por meio da ferramenta de análise SimilarWeb.

O faturamento total do comércio eletrônico na sexta-feira foi de R$ 4 bilhões, 4,5% maior que o ano passado, aponta um relatório feito pela Neotrust. O estudo também analisou o número total de compras feitas pelo e-commerce entre 0h de quinta-feira (25) até as 23h59 de sexta-feira (26). Levando em consideração esse período de ofertas prolongadas, o resultado foi de R$ 5,419 bilhões, uma alta de 5,8% frente ao resultado obtido em 2020.

O tíquete médio das compras nacionais também apresentou alta – 6,4% maior do que o ano passado, registrando média de R$ 711,38. Ao mesmo tempo, a análise da Neotrust mostra uma baixa de 0,5% no número de pedidos registrados, que chegou a 7,6 milhões.


Bom momento do e-commerce

Os bons resultados da Black Friday acontecem em um momento em que o e-commerce apresenta boa performance no geral, conforme mostra a Conversion. O relatório Setores do E-commerce, elaborado periodicamente pela agência, mostra que, só no mês de outubro, os principais sites brasileiros de comercialização de produtos e serviços receberam um total 1,69 bilhões de acessos, um aumento de 1,58% em relação ao mês anterior.

“O comércio eletrônico vive um momento de grande amadurecimento, impulsionado sobretudo pela necessidade de atender as demandas e exigências dos consumidores durante a pandemia e o isolamento social”, explica Diego Ivo, CEO da agência.


Comportamento na data

Os dados da Neotrust mostram que o cartão de crédito continua como o principal meio de pagamento na Black Friday. O destaque de 2021 fica para o aumento da participação do Pix e das carteiras digitais para a realização das compras enquanto o uso de boleto bancário caiu quatro pontos percentuais.

O valor médio de frete praticado pelos varejistas teve redução de 12% em relação a 2020. E a participação de ofertas com frete grátis teve aumento de 0,6 pontos percentuais.

Entre as categorias com maior número de pedidos, o primeiro lugar ficou para Moda e Acessórios, seguida de Beleza e Perfumaria e Telefonia. Eletroportáteis e Eletrodomésticos completam o Top 5. Já com relação ao maior faturamento, a liderança ficou para Telefonia enquanto Eletrodomésticos e Eletrônicos ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 23 de novembro de 2021 às 14:38


Além de garantir que seus produtos não virem lixo em pouco tempo (como as roupas que duram uma só estação), a companhia investe em energia renovável.

A Renner, uma das pioneiras no Brasil em lojas de departamento, setor imerso no conceito chamado de fast-fashion, quer demonstrar que esse não é o seu filão de negócio.

Com a aposta em trazer a economia circular para dentro de suas lojas, a companhia quer se afastar do “fast” para se aproximar da sustentabilidade.Para isso, além de garantir que seus produtos não virem lixo em pouco tempo, como ocorre com as roupas que duram uma só estação, a companhia está investindo em energia renovável.

Apesar de ser uma loja de departamento, a Renner quer se afastar da “moda rápida”. “Nosso modelo segue a demanda, não somos fast-fashion”, diz o presidente da Renner, Fabio Faccio.

Uma das frentes é o uso do algodão certificado, de fornecedores com selo de atuação socioambiental. “Olhamos todo o processo, tanto no uso dos recursos quanto na remuneração e condições de trabalho”, afirma o executivo.

O desafio é evoluir em um mercado poluente e de grande impacto ambiental. Dados da consultoria thredUp apontam que, na produção de uma única camiseta, são utilizados 700 galões de água.

Além disso, a consultoria afirma que uma em cada duas pessoas jogam suas roupas indesejadas direto no lixo.

No caso da Renner, o plano é acelerar a jornada ESG (sigla em inglês para atuação ambiental, social e governança).

Os primeiros frutos já estão sendo colhidos. A empresa acaba de apresentar a maior pontuação entre as varejistas em todo o mundo no índice Dow Jones de sustentabilidade, referência na avaliação de ações ESG de empresas de capital aberto. “Isso nos mostra que estamos no caminho certo”, diz Faccio.


PÓS-VENDA

Além do uso de energia limpa, a empresa também diz acompanhar o pós-venda das roupas, de forma a ampliar o ciclo de vida de cada peça pela revenda ou pela reciclagem.

“Ainda há várias coisas que podemos fazer. Trabalhamos com dados para sermos assertivos na produção e fabricar apenas o necessário. Outro ponto é fazer com que a cadeia seja mais bem remunerada”.

Para dar um passo rumo à economia circular, a Renner abriu uma loja no Rio de Janeiro com esse conceito.

Outra ação nesse sentido foi a aquisição do brechó online Repassa. Segundo Faccio, a maior parte das roupas vendidas no site são da Renner, o que mostra que as peças têm boa durabilidade.

“Com o Repassa, poderemos esticar ainda mais o ciclo de vida das nossas roupas”, comenta o executivo.

RANKING

A posição no índice Dow Jones de sustentabilidade, segundo o presidente da Renner, veio na esteira de metas estabelecidas em 2018 – e que foram superadas.

“Uma das metas que atingimos é ter 100% da nossa cadeia de fornecimento com certificação socioambiental. Os compromissos públicos trazem engajamento ainda maior do time.”

Em 2018, além da meta da certificação a cadeia, a companhia assumiu quatro compromissos para o fim de 2021: ter 80% dos produtos com menos impactos ambientais, sendo 100% do algodão certificado; suprir 75% do consumo corporativo de energia com fontes renováveis de baixo impacto; e reduzir em 20% as emissões de gás carbônico em relação aos níveis de 2017.

Sócia da XP responsável pela cobertura ESG, Marcella Ungaretti frisa que mesmo empresas bem posicionadas no índice Dow Jones de sustentabilidade têm espaço para evolução.
“O ESG é uma jornada e não uma questão estacionária. Nesse sentido, vemos as companhias bem posicionadas nessa agenda como vencedoras do futuro, enquanto aquelas que não priorizarem a temática ficarão para trás.”

Fonte: Infomoney