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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 05 de dezembro de 2023 às 09:45


Mesmo com os desafios dos varejistas e dos CPGs diante das mudanças nas margens de lucro e na dinâmica do varejo, há espaço para marcas insurgentes e inovadoras conquistarem sua fatia no mercado.

Até 2020, o cenário do varejo observava a rápida ascensão de ecossistemas e modelos disruptivos com sete das 20 maiores capitalizações de mercado compostas por empresas de tecnologia ou nativas digitais. Contudo, no último ano temos assistido à convergência entre varejistas tradicionais e empresas digitais nativas, uma vez que o aumento das compras online remodelou significativamente a demanda dos consumidores. 

Como resultado, as redes de varejo tradicionais precisaram se adaptar rapidamente para atender a essa nova realidade. Em contrapartida, muitas empresas nativas digitais foram surpreendidas pelo colapso de suas avaliações, uma vez que os mercados começaram a privilegiar a lucratividade em detrimento do crescimento não rentável. Esse redirecionamento das prioridades dos investidores aponta para uma mudança nas expectativas e uma ênfase na sustentabilidade no longo prazo das operações.

Por isso, é esperado que o mercado de varejo continue a crescer, porém com uma transformação significativa. As empresas nativas digitais e as fontes de receita “além do varejo” devem ganhar cada vez mais importância, o que implica em uma adaptação aos novos canais de distribuição que surgem com as plataformas digitais emergentes e a todo um leque de pontos de contato com os consumidores. 

Outro ponto que pode exercer pressões significativas sobre as marcas estabelecidas ao longo da próxima década é o aumento da conscientização ambiental e da busca por produtos de alta qualidade tem gerado uma procura crescente por materiais mais sustentáveis e embalagens ecologicamente corretas, que pode resultar em um aumento nos custos de matérias-primas. Para cumprir com essas demandas, os fabricantes terão de investir mais em suas cadeias de suprimentos, tornando-as mais flexíveis e adaptáveis.

Nesse contexto, uma das estratégias adotadas pelos varejistas para otimizar custos e margens de lucro é dar preferência a marcas próprias. Essa opção possibilita controlar a qualidade e os preços dos produtos que vendem, mas, ao mesmo tempo, pode levar à redução do espaço disponível para fabricantes de bens de consumo embalados (CPGs) tradicionais, que devem enfrentar a concorrência direta das marcas dos varejistas.

Mesmo com os desafios dos varejistas e dos CPGs diante das mudanças nas margens de lucro e na dinâmica do varejo, há espaço para marcas insurgentes e inovadoras conquistarem sua fatia no mercado. Com sua flexibilidade e capacidade de atender às necessidades fragmentadas e em constante evolução dos consumidores, elas podem adotar abordagens mais ágeis para desenvolver produtos sustentáveis e de alta qualidade, ganhando a lealdade dos consumidores em busca de novas alternativas.

Além dessas transformações, os varejistas ainda estão assistindo à evolução dos modelos Route-to-Market (RTM), que desempenham um papel fundamental na evolução do relacionamento entre marcas e consumidores. Tradicionalmente, as empresas ofereciam seus produtos ao consumidor final por meio de canais de distribuição físicos, como lojas de varejo, supermercados e atacadistas. No entanto, plataformas de comércio eletrônico, aplicativos e marketplaces online estão causando disrupções com uma uma ampla variedade de opções de compra online, o que altera profundamente a maneira como os consumidores escolhem e compram. Com isso, os varejistas precisam repensar suas estratégias de distribuição e investir em canais digitais para alcançar seus clientes de maneira eficaz.

Encontrar o equilíbrio certo entre canais tradicionais e digitais é crucial e envolve a integração de estratégias omnicanal para permitir que os consumidores possam escolher a forma de interagir e comprar produtos. Ao alavancar as vantagens da presença física e digital, as marcas podem oferecer conveniência, variedade e experiências de compra personalizadas que satisfaçam as expectativas dos consumidores.

Essa é uma transformação que as grandes empresas do setor têm a chance de liderar, mas é essencial focar em inovação, desenvolvendo produtos mais sustentáveis e adaptados às necessidades dos consumidores. Flexibilidade na cadeia de suprimentos e parcerias estratégias com startups e provedores de soluções digitais podem ser alternativas eficazes para se adaptar. As marcas que conseguirem se preparar para esse futuro desafiador têm a oportunidade de sair na frente e se destacar nesse mercado em constante evolução.

Fonte: Consumidor Moderno
Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 05 de dezembro de 2023 às 09:43


Tecnologia consiste em uma solução integrada de hardwares, inteligência artificial e machine learning.
A Randoncorp informou que, como resultado de seus processos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico realizados em conjunto com o Instituto Hercílio Randon (IHR), desenvolveu uma nova tecnologia destinada e aplicável a veículos autônomos, que consiste em uma solução integrada de hardwares, inteligência artificial e machine learning.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que a inovação está passando por testes aplicados em um produto criado pela companhia para este fim e cujo conceito baseia-se em algoritmos focados na dinâmica de veículos autônomos de transporte e movimentação de carga sobre semirreboque.

“A solução será aplicada em ambientes controlados e poderá ser disponibilizada a clientes estratégicos da Randoncorp”, afirma a empresa, lembrando que o desenvolvimento da tecnologia e a sua aplicação são exclusividades da companhia, cujos algoritmos estão protegidos por patentes requeridas junto aos órgãos competentes em nível nacional e global.


Machine Customers

Os ‘Machine Customers’ representam uma das maiores novas oportunidades de crescimento da década. Esse é um dos temas do novo livro do Gartner, ‘When Machines Become Customers’, que aborda como os líderes empresariais devem agir agora para trilhar o caminho de implementação dessa megatendência de negócios que será mais significativa nos próximos anos do que a chegada do comércio digital.

Segundo definição do Gartner, um ’Machine Customers’ é um ator econômico, não-humano, que obtém bens e/ou serviços em troca de pagamento: um ‘consumidor não humano’.

Na obra, os autores Don Scheibenreif, Vice-Presidente, Analista e Líder de Pesquisa sobre Experiência dos Clientes do Gartner, e Mark Raskino, Vice-Presidente, Analista e Líder de Pesquisa do Gartner, explicam que ‘Machine Customers’ estarão envolvidos em uma ampla gama de compras de consumidores e empresas. Os analistas antecipam e desvendam os principais desafios, indicando como superá-los, além de apresentarem oportunidades para as organizações poderem tirar proveito dessa nova tecnologia.

Fonte: Mercado & Consumo