Estratégia & Marketing
Postado em quarta-feira, 07 de agosto de 2024 às 10:10
6 em cada 10 consumidores estão dispostos a pagar mais por marcas que garantem a segurança de suas informações, aponta Serasa Experian, revelando maior conscientização.
Imagine um cenário onde a confiança é a moeda mais valiosa no mercado de consumo. Maria, uma jovem profissional de 30 anos, adora comprar online. Entre o trabalho e as demandas do dia a dia, ela encontra momentos de alegria ao explorar lojas virtuais, buscando produtos que complementam sua rotina e estilo de vida. No entanto, recentemente, Maria teve uma experiência amarga: após comprar um item em um site aparentemente confiável, descobriu que seus dados pessoais foram comprometidos. Esse episódio não só abalou sua confiança na loja, mas também a fez refletir sobre a importância da segurança em suas transações online.
Maria não está sozinha. De acordo com uma pesquisa recente da Serasa Experian, seis em cada dez consumidores compartilham do mesmo sentimento e estão dispostos a pagar mais caro por marcas que garantem a segurança de suas informações. Em um mundo onde a digitalização avança rapidamente e as ameaças cibernéticas se tornam mais sofisticadas, a confiança nas marcas tornou-se um diferencial competitivo crucial. As empresas que investem em segurança e transparência têm ganhado a preferência dos consumidores, que valorizam mais a tranquilidade de saber que seus dados estão protegidos do que a promessa de um preço baixo.
Segundo o levantamento da Serasa Experian, 86% dos entrevistados afirmaram que sempre ou geralmente escolhem comprar de marcas que consideram seguras, e 62% estão dispostos a pagar mais por produtos de empresas que garantam segurança online e reduzam o risco de fraudes. A preocupação com fraudes, que atinge 71% dos entrevistados, é um fator determinante para a preferência por marcas mais seguras.
“Esses números refletem uma tendência crescente de conscientização sobre segurança cibernética entre os consumidores, reforçando que a confiança é um fator significativo na decisão de compra”, afirma Caio Rocha, diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude na Serasa Experian. “Além disso, destaca a importância de uma infraestrutura robusta de segurança on-line. As empresas devem investir em tecnologias de proteção em camadas avançadas e práticas transparentes de privacidade para atender às expectativas dos consumidores e fortalecer sua posição no mercado”.
Segundo o executivo, a pesquisa revela uma maior conscientização sobre segurança digital, indicando que o elemento da confiança é essencial no momento da compra. “A presença de uma sólida segurança on-line também é crucial. Para alinhar-se às expectativas do consumidor e reforçar sua competitividade, as empresas precisam de medidas de segurança cibernética eficazes e de políticas claras de privacidade”.
Comportamento do consumidor nas compras virtuais
A pesquisa também revelou as 13 atividades mais comuns realizadas em ambientes digitais, sendo que nove delas estão relacionadas a transações financeiras. Os métodos de pagamento mais utilizados pelos consumidores são o cartão de crédito, preferido por 35% dos entrevistados, e o Pix, escolhido por 30%.
Além disso, em atividades on-line que envolvem transações financeiras, os brasileiros estão focados em:
Comprar roupas, eletrônicos ou produtos de beleza e bem-estar (58%);
Realizar atividades bancárias pessoais (66%);
Com pagamentos digitais com fornecedores online (57%);
Comprar ou vender coisas (56%);
Encomendar comida (49%);
Solicitar cartão de crédito (37%).
Segurança de dados pessoais e documentos
A pesquisa trouxe à tona um dado preocupante: 21% dos entrevistados admitiram já ter emprestado seus dados pessoais para terceiros, seja para realizar compras online, abrir contas bancárias ou obter empréstimos. Além disso, 14% dos respondentes relataram ter tido documentos físicos roubados ou perdidos, com 4% desses casos resultando em fraudes.
“Emprestar dados a terceiros é uma atitude alarmante e destaca a necessidade de uma conscientização maior sobre os riscos associados a essa prática. De um lado, as instituições devem implementar medidas robustas de segurança e autenticação, mas do outro, é essencial que os usuários entendam os riscos dessa conduta e as melhores práticas para proteger suas identidades on-line e off-line. A segurança de dados não é apenas uma responsabilidade individual, mas uma questão coletiva que exige ação e atenção constantes”, alerta Caio.
Em relação às medidas de proteção em transações digitais, as práticas mais adotadas pelos consumidores incluem o uso de senhas fortes (64%) e a cautela ao abrir links ou arquivos em aplicativos de mensagens (64%). Além disso, os brasileiros passaram a checar se o site online tem certificados de segurança confiáveis (55%) e a registrar duplo fator de autenticação nos aplicativos.
Fonte: Consumidor Moderno