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Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 11 de dezembro de 2023 às 15:41


Maior variedade de tipos de negócios e internacionalização de marcas são algumas das tendências apontas pelo consultor.

O Franchising no Brasil se mostra um setor cada vez mais vibrante e com claro potencial para ir ainda mais longe. Embora eu não disponha de uma bola de cristal, minha longa experiência nesse mercado me permite arriscar umas tantas previsões do que acredito ocorrerá com ele em 2024 e nos anos seguintes:


1. O figital se consolida

Cada vez mais, a tecnologia terá um papel primordial nas franquias de todos os ramos. Com a evolução digital, mais e mais franqueadores vêm abraçando soluções tecnológicas para simplificar e agilizar operações, enriquecer a experiência do cliente, expandir as possibilidades de venda e levar a gestão de cada franquia e da rede como um todo a um novo patamar.

Em 2024 e nos anos que se seguem não será surpresa vermos mais e mais franquias nas quais os ambientes físico e digital se integrarão para melhorar a vida de todos e ampliar os resultados. Muitas redes já estão desenvolvendo aplicativos próprios e adotando sistemas de gerenciamento avançados. E outras trilharão o mesmo caminho.


2. O verde ganha mais relevância

O compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social tende a ganhar ainda mais força. O ESG passará a fazer parte do dia a dia de um número crescente de redes, levando uma parcela significativa do mercado a práticas mais sustentáveis, o que ajudará a construir um mundo melhor.

Não que o lucro tenha deixado de ser importante, ou venha a se tornar irrelevante. Afinal, empresa que não gera lucros não sobrevive. Porém, mais e mais empresas franqueadoras vêm se dando conta de que não basta apenas buscar o lucro, mas também construir relações de confiança e respeito com seus franqueados e com as comunidades nas quais suas marcas estão inseridas.


3. Mais variedade

Não faz muito tempo, quando se falava em Franchising, a maioria das pessoas só conseguia pensar em foodservice, cursos de idiomas, cosméticos e perfumes, moda e pouca coisa mais.

De alguns anos para cá, esse cenário vem se alterando e hoje há uma infinidade de tipos de negócios ampliando sua ocupação de mercado via concessão de franquias. Minha equipe e eu estamos, neste momento, trabalhando na criação de franquias de conceitos de negócios que nem mesmo em sonho um dia imaginei que poderiam existir. E muito menos que meu time e eu estaríamos envolvidos em seu desenvolvimento e expansão.

Eu adoraria poder contar ao leitor de alguns desses projetos – em especial de um deles, que me empolga bastante - mas estou impedido por contrato. E não tenho dúvida de que muitos outros negócios inovadores vão surgir nesse mercado no ano que vem e nos anos por vir. Se Deus quiser, comigo e minha trupe participando de alguma forma de todos eles.


4. Adoção acelerada de tecnologias de ponta

A adoção de tecnologias inovadoras, como inteligência artificial, realidade aumentada e blockchain já vem ocorrendo no mundo do Franchising brasileiro e tende a se intensificar.

Eu mesmo sou sócio “mixuritário” numa startup de tecnologia que desenvolveu uma plataforma que usa inteligência artificial para recomendar ações de Marketing super personalizadas e dirigidas, a qual foi criada com o propósito de democratizar o acesso à IA, deixando-a ao alcance, não apenas de grandes corporações, mas também de uma pequena franquia que funcione numa cidadezinha do interior.

Essa e muitas outras ferramentas tecnológicas têm o condão, não apenas de melhorar a eficiência do negócio, mas também de permitir a criação de experiências únicas para os clientes e de garantir maior segurança e transparência nas operações. E tenho certeza de que em 2024 testemunharemos muita evolução no seu uso.


5. Avançando para além-fronteiras

A expansão internacional das franquias brasileiras, que teve início há alguns anos e veio evoluindo de forma tímida, aos poucos vai se acelerando e se mostrando uma tendência promissora. Graças à ampla divulgação do sucesso de negócios bem brasileiros em outras paragens, nossos franqueadores parecem estar deixando para trás o medo de avançar além-fronteiras e passam a olhar para mercados internacionais, especialmente os nossos vizinhos de continente, Portugal e outros tantos, como uma nova oportunidade a ser explorada, com boas chances de sucesso.

Por isso mesmo, acredito que, em 2024 de nos anos seguintes, veremos mais marcas brasileiras cravando suas bandeiras em outras terras.

Concluindo, o Franchising no Brasil amadureceu e vem evoluindo cada vez mais rápido. No fundo, apenas um reflexo das transformações que vêm ocorrendo em nossa sociedade, em nossos hábitos de consumo e em nossa visão de mundo. Certamente, ainda há muito a evoluir e, por isso mesmo, estamos diante de um futuro empolgante, no qual inovação, ousadia e responsabilidade caminharão lado a lado para colocar o Brasil numa posição ainda mais elevada do ranking global das franquias.

Fonte: Exame
Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 11 de dezembro de 2023 às 15:37
 
Relacionamento com os artistas e forma de consumo mudam entre gerações, para jovens, trata-se mais da experiência, indica relatório da Nozy Content Agency. 
No último sábado, o cantor e compositor Milton Nascimento foi convidado para acompanhar o show do ex-Beatle Paul McCartney na Arena MRV, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A terceira apresentação na cidade, realizada no domingo (3/12), teve em sua plateia um dos maiores nomes da música popular brasileira, que foi ovacionado pelos de mais espectadores. Milton Nascimento lançou em 1970 a sua versão da canção “Para Lennon e McCartney” e, 53 anos depois pode prestar sua homenagem aos Beatles ao vivo e a cores em um encontro de ídolos.

Por mais relevantes que as duas figuras sejam para a indústria musical, é possível que muitos ouvintes mais jovens nunca tenham ouvido falar de Milton Nascimento, nem de Paul McCartney. Ou então, pouco os conhecem. Além do avanço do tempo, que traz novos nomes, gêneros e estilos, há também uma mudança na forma como os amantes da música mais jovens encaram seus ídolos musicais.

Segundo a primeira edição do “Nozy Trend Reports”, da Nozy Content Agency, enquanto as gerações mais antigas têm como referência nomes como Cazuza, Belchior e Secos e Molhados, os mais jovens estão mais conectados a artistas aos quais associam a suas experiências na pré-adolescência, período conflituoso para muitas pessoas. Uma evidência disso é o fato de que 52% dos entrevistados pela agência nunca terem ouvido Gal Costa e Ney Matogrosso, 47% nunca ouviram Pink Floyd, e 30% não conseguiriam reconhecer uma música do Queen.

Além disso, a produção musical não é a única coisa que importa para os fãs de artistas, mas toda a sua presença. Thiaguinho e Ivete Sangalo estão entre os ídolos para 7% de super fãs, além de Jorge e Mateus, que surgem como os artistas favoritos de 15% dos respondentes. Esses artistas possuem forte presença nas redes sociais, compartilhando suas vidas e dilemas com fãs que os acompanham. Segundo o levantamento, esse comportamento aponta para a importância de que artistas se conectem com sua base além dos palcos, gerando conteúdo e conversas de forma autêntica.

Para as marcas, esse aprendizado se traduz em gerar patrocínios de artistas que vão além do direto de imagem: mais do que isso, devem contar boas histórias que estejam alinhadas às marcas. Um exemplo está na parceria entre a Puma e o artista A$AP Rocky, diretor criativo de uma coleção feita com a marca com a Fórmula 1.


Streaming pra que te quero?

Segundo o relatório, 99% dos jovens entrevistados utilizam plataformas de streaming de música, como Spotify e Deezer. Além disso, plataformas de reprodução de vídeos como Youtube e Instagram também são canais para ouvir música de 57% dos entrevistados. O levantamento aponta para a tendência da música como um recurso multimídia, incorporando imagem, coreografia, histórias e muito mais.

Esse movimento se traduz em estilo de vida. Mais do que isso, a música cumpre a função de marcar momento e provocar sensações para que os ouvintes alcancem seus objetivos. Enquanto 87% dos respondentes ouvem música enquanto praticam esportes ou treinam, 85% gostam de ouvir música enquanto se locomovem de um lugar para outro, e 58% enquanto trabalham ou estudam. Além disso, 69% dos jovens escolhem playlists de acordo com suas tarefas, apontando para a importância da curadoria musical das empresas de streaming. Esta lição pode ser bem aproveitada pelas marcas para criar formas de inserir a música como uma conversa com seu público.

A música representa a identidade de quem a ouve. Entre os respondentes, 65% dos jovens escutam playlists criadas ou indicadas por amigos. Além disso, 74% já fizeram uma publicação com uma música escolhida por eles, reforçando o poder de expressão e construção de status social. Assim, empresas podem utilizar a música como forma de reforçar a personalidade e valor da marca, contando uma história que acompanha as tendências.


Gêneros mais ouvidos

O relatório aponta ainda os gêneros mais ouvidos entre os jovens respondentes. São eles o samba e pagode (74%), seguido pelo pop (69%), pelo sertanejo (66%) e pelo funk (62%). No entanto, muito além dos gêneros, há músicas que “bombam”, geram assunto e que fazem parte das conversas do público.

O crescimento dos gêneros entre os ouvintes jovens acompanha a explosão de shows e apresentações de artistas nacionais e internacionais. Projetos de cantores como Ludmilla, Taylor Swift e Beyoncé, que vem seus ingressos esgotados em pouquíssimo tempo, indica que a música também incorpora a experiência de quem a ouve, gerando sensações, lembranças e ainda mais conversas e conteúdos. Marcas podem e devem aprender com essa espetacularização como uma forma de gerar memórias afetivas e momentos marcantes na vida dos consumidores e do público jovem.

Fonte: Consumidor Moderno